Em discurso durante a cúpula do Brics, Lula defendeu a criação de um Estado palestino. Também se manifestou sobre a guerra entre Israel e o Hamas.
“Não é possível permanecer indiferente ao genocídio praticado por Israel em Gaza”.
De acordo com o presidente, há uma “matança indiscriminada” em curso e a fome estaria sendo usada como “arma de guerra”.
O discurso foi realizado diante de líderes e representantes das principais economias emergentes do mundo, incluindo países com posições críticas à atuação de Israel.
O presidente defende a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967.
Trata-se divisão do território antes da guerra travada entre Israel e países árabes em 1967.
Naquele conflito, Israel ocupou regiões como a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, áreas que hoje os palestinos reivindicam para formar seu próprio país.
Em nota oficial, a federação israelita do estado de São Paulo, acusou Lula de ignorar os fatos e promover uma “retórica ideológica”.
Segundo a entidade, ao usar o termo genocídio, o presidente “desrespeita a memória das vítimas do Holocausto” e banaliza um dos crimes mais graves da história.
A federação declarou ainda que a fala “não é apenas falsa, é perigosa”, pois “legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o Brasil no cenário internacional”.
Outro ponto de crítica foi a ausência de qualquer menção ao grupo Hamas ou aos cerca de 50 reféns israelenses que seguem sequestrados desde o ataque de 7 de outubro de 2023.
“Para o presidente da República, esse horror parece invisível”.
“A Federação Israelita do Estado de São Paulo (FISESP) manifesta profunda indignação diante das recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sessão “Paz e Segurança e Reforma da Governança Global” do BRICS, neste domingo (6). Ao voltar a acusar Israel de genocídio e defender que a solução do conflito passa exclusivamente pelo fim da “ocupação israelense”, o presidente ignora, mais uma vez, a realidade dos fatos, escolhendo o caminho da retórica ideológica, e não da responsabilidade diplomática.
Desde o massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel vive sob ataque. Famílias foram destruídas. Mulheres foram estupradas. Crianças foram executadas. 50 pessoas seguem sequestradas há mais de 630 dias em Gaza, sendo vítimas diárias de tortura física e psicológica. No entanto, para o presidente da República, esse horror parece invisível.
Lula não menciona o Hamas. Não exige a libertação dos reféns. Não condena os mísseis lançados sobre civis israelenses. Mas condena Israel, a única democracia do Oriente Médio, por defender sua população.
Ao falar em “genocídio”, o presidente desrespeita mais uma vez a memória das vítimas do Holocausto e banaliza um dos crimes mais graves da história da humanidade. Sua fala não é apenas falsa, é perigosa. Ela legitima o terrorismo, estimula o antissemitismo e isola o Brasil no cenário internacional ao colocá-lo ao lado de regimes ditatoriais que sufocam liberdades.
A recente reportagem da revista The Economist, classifica com precisão a atual política externa brasileira como “incoerente” e “hostil ao Ocidente”. Um país que condena ataques a instalações iranianas, ignorando o fato de que o Irã financia o Hamas e reprime brutalmente mulheres e minorias, não está promovendo a paz. Está escolhendo lados. E escolheu o lado errado.
Lula se aproxima da Rússia, da Venezuela e do Irã, mas se afasta de democracias e ignora o sofrimento de civis israelenses. Participa de cúpulas ao lado de ditadores, mas não aperta a mão do presidente dos Estados Unidos. Se diz mediador da paz, mas só aponta o dedo para um lado do conflito. Isso não é neutralidade. É cumplicidade.
A Federação Israelita de do Estado de São Paulo reafirma que Israel e os judeus ao redor do mundo desejam, sim, um Estado Palestino, mas livre do terrorismo do Hamas e sem o financiamento antissemita do Irã. O Hamas não quer dois Estados. Não quer coexistência. Quer destruição. E, diante da paz, o terror perde sua razão de existir.
O presidente da República deve lealdade ao povo brasileiro, não aos regimes que patrocinam o terror. Em nome das vítimas do 7 de outubro, dos reféns ainda vivos e da verdade histórica, exigimos responsabilidade, equilíbrio e humanidade por parte do Chefe de Estado. O Brasil, que já foi referência diplomática no mundo, não pode ser porta-voz do ódio.
Paz se constrói com verdade. E a verdade é que não há paz possível enquanto o Hamas existir.
Federação Israelita do Estado de São Paulo”.
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