Filipe Martins negou envolvimento na elaboração da chamada “minuta do golpe” e disse que só tomou conhecimento do documento pela imprensa:
“O coronel delator tem contado mentiras”, afirmou. O ex-assessor de Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta quinta-feira (24) e enfatizou que os fatos narrados na delação premiada de Mauro Cid “não são verdadeiros de modo algum”.
Ao Supremo, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro e Filipe discutiram juntos uma proposta de decreto para invalidar as eleições.
Martins foi questionado se em algum momento durante sua prisão pensou em delatar, como fez Mauro Cid, ao que negou, afirmando que não iria cometer “injustiça contra um inocente”.
“Eu nunca, nunca cogitei essa possibilidade. Inclusive, deixei claro — em correspondências, em comunicados que acabaram chegando à imprensa — que essa possibilidade não existia. Eu jamais cometeria uma injustiça contra inocentes para me livrar da injustiça que eu estava sofrendo”;
Martins também afirmou que não viajou aos Estados Unidos no final de 2022. A suposta viagem foi uma das justificativas usadas para o decreto de sua prisão preventiva, sob a acusação de risco de fuga.
Preso desde fevereiro, ele declarou que se considera “um preso político”, vítima de restrições à sua liberdade de expressão e de locomoção.
Filipe Martins é réu no chamado “núcleo 2” da trama denunciada pela PGR.
Segundo a acusação, ele e outros aliados de Bolsonaro teriam promovido ataques institucionais e disseminado desinformação para desacreditar o processo eleitoral.
Além dele, também respondem ao processo:
A defesa de Martins aponta contradições nas investigações da Polícia Federal e reforça que seu cliente não deixou o país nem participou de articulações golpistas.
Durante a audiência, o advogado questionou Filipe sobre quanto tempo ele aguardava para apresentar sua versão, ao que o réu respondeu: “Dois anos.”
Instigado por um auxiliar do ministro Alexandre de Moraes a não se estender, o advogado rebateu: “Se necessário for, ficaremos um mês fazendo a defesa.”
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