A briga pública entre o presidente e seu ex-aliado, o bilionário Elon Musk, forçou os políticos do Partido Republicano a escolherem um lado. Em sua grande maioria, eles estão escolhendo Trump.
Apesar de respeitarem o poder financeiro de Musk, a influência política do atual presidente sobre a base e os parlamentares do partido parece falar mais alto.
O rompimento, que se consolidou com a saída de Musk do governo no final de maio, escalou para uma troca de acusações diretas e ameaças nas redes sociais.
Em sua conta no X, o empresário criticou um megaprojeto fiscal do governo, chamou o presidente de "ingrato" e fez postagens ligando o Trump ao caso Jeffrey Epstein.
A reação da maioria dos parlamentares do partido foi de apoiar o presidente e criticar Elon Musk. O deputado Jeff Van Drew, de Nova Jersey, disse:
"Ninguém elegeu Elon Musk, e, para ser sincero, muita gente nem gosta dele, mesmo dos dois lados."
O deputado Lloyd Smucker, da Pensilvânia, afirmou que Musk está "começando a parecer um pouco louco".
Já o deputado Kevin Hern, de Oklahoma, analisou o impacto da briga na opinião pública:
"A cada tuíte que sai, as pessoas apoiam mais o presidente Trump e [Musk] está perdendo popularidade."
Nos bastidores, o cálculo dos republicanos é claro. Eles reconhecem o poder da fortuna de Musk e sua capacidade de financiar campanhas políticas.
No entanto, os legisladores têm mais medo de perder o apoio político de Trump e de sua base de eleitores.
Até mesmo republicanos que concordavam com as críticas de Musk ao projeto fiscal de Trump desaprovaram a estratégia de ataques pessoais adotada pelo bilionário.
O deputado Tim Burchett, do Tennessee, comentou:
"Acho que isso prejudica a eficácia dele. Eu não teria recomendado isso."
O deputado Eli Crane, do Arizona, também criticou o timing e a forma da ofensiva de Musk:
"Foi decepcionante ver a indignação de Elon Musk, por assim dizer, vir na hora certa. Poderíamos ter usado a voz dele algumas semanas atrás."
Apesar do fechamento de filas em torno de Trump, algumas vozes do partido ainda demonstraram respeito por Musk.
O deputado Thomas Massie, de Kentucky, que se opõe ao projeto fiscal de Trump, viu uma certa lógica nos ataques do bilionário:
"Essa é a língua que Trump fala. [Musk] está falando isso de volta para ele."
O deputado Ralph Norman, da Carolina do Sul, também defendeu o direito de Musk se expressar:
"Palavras, para mim, não importam. É o que ele faz."
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