Duas esculturas de Fidel Castro e Ernesto “Che” Guevara foram removidas de um parque público na Cidade do México por decisão da prefeitura local.
A justificativa oficial foi a “falta de autorização” para a instalação do monumento, que retratava os líderes sentados lado a lado em um banco na região central da capital.
O monumento, conhecido como “Monumento do Encontro”, havia sido colocado no Parque Tabacalera em 2018, durante a gestão do partido de esquerda Morena.
A remoção foi conduzida pela prefeitura de Cuauhtémoc, atualmente governada por uma coalizão de centro-direita. A prefeita Alessandra Rojo de la Vega declarou:
“Nem Che nem Fidel pediram autorização para se instalar em Cuba... e nem em Tabacalera. Mas aqui a lei é cumprida. Cuauhtémoc livre".
Segundo a administração local, as peças ficarão armazenadas até que seja decidido seu destino final.
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (17), Claudia Sheinbaum criticou a medida e sugeriu que as autoridades da cidade e da prefeitura conversem para definir um novo local para as esculturas:
“É um monumento histórico, independentemente de se concordar ou discordar de uma figura ou outra. Se [a prefeitura] não quiser este monumento, ele deve ser transferido para outro lugar, e ponto final.”
As esculturas já haviam sido alvo de vandalismo em 2021, quando manifestantes jogaram tinta branca sobre elas.
Nos últimos anos, diversos monumentos públicos têm sido alvo de controvérsias na Cidade do México.
Em 2020, a então prefeita Claudia Sheinbaum ordenou a retirada da estátua de Cristóvão Colombo da avenida Paseo de la Reforma. A obra foi substituída por uma escultura de uma mulher indígena.
A retirada das estátuas de Fidel e Che se insere em um cenário mais amplo de disputa simbólica no espaço público mexicano
À medida que gestões de diferentes orientações políticas reavaliam monumentos do passado, o debate sobre quem deve ser homenageado e onde segue ativo no país.
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