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Internacional
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Entenda os protestos no Nepal e o novo governo do país. Resumo completo

Primeira-ministra foi escolhida através do Discord após antecessor ter sido derrubado por protestos contra a censura.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
15/9/2025 15:31
G1

A nova primeira-ministra do Nepal assumiu o cargo no dia 12, após uma série de protestos organizados por jovens da Geração Z.

Em seu primeiro discurso oficial, Sushila Karki disse que seu governo durará apenas 6 meses, até a escolha do próximo parlamento:

Não ficaremos aqui mais de 6 meses em nenhuma circunstância, cumpriremos nossas responsabilidades e nos comprometemos a passar o cargo ao próximo Parlamento e seus ministros.” 

Entenda como protestos de rua contra a regulamentação das redes sociais conseguiram derrubar o governo do país.

Governo do Nepal derrubou 26 contas em redes sociais

O estopim da revolta foi a decisão do governo de bloquear 26 plataformas, como Facebook, Instagram, WhatsApp, YouTube e X.

A justificativa era que as empresas não haviam se registrado e se submetido à supervisão estatal.

O governo buscava uma regulamentação para que as redes fossem “adequadamente gerenciadas, responsáveis e prestem contas”. 

Segundo a norma, as plataformas deveriam manter escritórios físicos ou pontos de contato no país para continuar operando.

19 manifestantes foram mortos pelo governo

Com o bloqueio, os atos se multiplicaram. A polícia dispersou manifestantes reunidos em frente ao parlamento que tentavam forçar a entrada, deixando 19 mortos e mais de 400 feridos

Mesmo após a reativação das plataformas, a indignação com as mortes manteve as ruas cheias

Punam os assassinos do governo. Parem de matar crianças”, gritavam manifestantes em frente ao Parlamento.

Toques de recolher foram impostos, escolas fechadas, mas novas marchas desafiaram as restrições

Em meio à pressão, o primeiro-ministro  prometeu uma comissão de investigação sobre a reação polícia, indenização às famílias dos mortos e tratamento médico aos feridos

A demissão de ministros que aconteceu em sequência aumentou o isolamento do premiê e enfraqueceu seu governo.

Reação popular: ataque a prédios públicos e casas de políticos

No dia seguinte, os manifestantes atacaram uma série de prédios públicos e residências de autoridades

Multidões incendiaram o Parlamento, a Suprema Corte e o complexo governamental de Singha Durbar. 

Casas de figuras públicas foram alvo, incluindo a residência de Oli, do presidente Ram Chandra Paudel e do ministro do Interior Ramesh Lekhak

Casa de Khadga Prasad Sharma Oli sendo incendiada. Imagem: Setopati.

Em meio ao caos, Rajya Laxmi Chitrakar, esposa do ex-primeiro-ministro Jhalanath Khanal, morreu.

Segundo o jornal O Globo, os manifestantes a prenderam dentro de sua residência em uma área nobre da capital Katmandu e depois incendiaram o local.

Ela sofreu queimaduras graves e foi levada às pressas para o Hospital de Queimados de Kirtipur, mas não resistiu aos ferimentos.

O aeroporto de Katmandu chegou a ser fechado e helicópteros do Exército transportaram autoridades para locais seguros.

Primeiro-ministro comunista renunciou

O primeiro-ministro do Nepal, Khadga Prasad Sharma Oli, renunciou em meio ao caos dos protestos

Considerando a situação extraordinária que prevalece no país e a fim de facilitar novos esforços em direção a uma solução política constitucional e à resolução do problema, renuncio ao cargo de Primeiro-Ministro, com efeito imediato, nos termos do Artigo 77(1)a da Constituição”, escreveu em carta para o presidente Ramchandra Paudel.

Sharma Oli é membro do Partido Comunista do Nepal (Marxista-Leninista Unificado) e foi primeiro-ministro em três mandatos diferentes:

  • 2015-2016;
  • 2018-2021; e 
  • 2024-2025.

Nova primeira-ministra foi escolhida através do Discord

Com a queda de Oli, o presidente convocou novas eleições parlamentares para março de 2026 e estabeleceu um governo de transição.

Para escolher o primeiro-ministro no período, jovens ativistas organizaram uma convenção virtual extraordinária dentro do Discord. O evento foi transmitido pela TV e por portais locais.

O Parlamento do Nepal agora é o Discord”, disse Sid Ghimiri, criador de conteúdo de 23 anos.

Após debates e votações online, o grupo propôs ao Exército o nome de Sushila Karki, ex-presidente da Suprema Corte, para chefiar o governo de transição.

No dia 12 de setembro, Karki tomou posse como primeira-ministra interina, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo no país.

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