Traficantes estão invadindo e assumindo a administração de condomínios residenciais no Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
Moradores de um condomínio na região de Turiaçu, Zona Norte da capital carioca, relatam que os criminosos tomaram controle total da gestão local, definindo regras e cobrando a taxa de todos os 480 apartamentos dos seis prédios do conjunto:
"O tráfico agora está administrando o condomínio e está cobrando R$350 de cada morador. [...] O proprietário que se recusa a pagar o condomínio para o tráfico vai perder o apartamento", detalhou um morador que não quis se identificar ao portal G1.
A cobrança tem que ser paga para os criminosos não assaltarem os moradores e nem vandalizarem seus apartamentos, uma "taxa de segurança".
Na semana passada, a Polícia Civil confirmou que está investigando uma denúncia similar em um condomínio de Madureira, onde o tráfico também teria determinado o pagamento de valores mensais.
Denúncias de crimes semelhantes continuam surgindo em outros locais, indicando que essa é uma nova tática das facções criminosas.
Práticas como extorsões e fornecimento de produtos básicos se tornaram mais lucrativas do que a venda de drogas para as facções no Rio de Janeiro.
Segundo investigadores da Polícia Civil, estimativas apontam que criminosos na favela da Rocinha possuem uma receita mensal de até R$12 milhões e apenas 25% desse valor provém da venda de drogas.
Com os 2.120 mototáxis da favela da Rocinha pagando R$150 por semana, o tráfico arrecada R$318 mil, quase R$1,3 milhão por mês.
As 60 vans da cooperativa pagam R$930 semanais cada, gerando R$223.200 mensais.
A essa se somam a exploração de sinais clandestinos de TV e internet, além do monopólio em itens essenciais, como gás e até água mineral.
Um botijão de gás custa R$140 na Rocinha, R$40 a mais do que em outros bairros, e o gatonet, usado por 70% das casas, sai a R$100 por mês no plano mais barato.
Por esse motivo, as facções se enfrentam para expandir seus domínios territoriais no Rio de Janeiro, enquanto a população vive refém em uma guerra sem fim.
A Brasil Paralelo investigou esse cenário caótico, para entender como o Rio de Janeiro deixou de ser a cidade maravilhosa para se tornar um campo de batalha e o que fazer para impedir que o mesmo aconteça em outras cidades no país.
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