Durante seu pontificado, o pontífice aumentou o engajamento de mulheres nos serviços da Igreja Católica, mas até onde vai essa permissão?
Durante seu pontificado, o papa Francisco adotou medidas que ampliaram a participação das mulheres na vida da Igreja, mas também reafirmou limites tradicionais quanto à ordenação.
A postura do pontífice mescla reconhecimento pastoral, abertura a funções ministeriais e fidelidade à doutrina católica.
Em 2021, Francisco alterou o Código de Direito Canônico para permitir que mulheres fossem oficialmente instituídas como leitoras e acólitas, funções que, até então, estavam formalmente reservadas aos homens.
No entanto, o papa também reafirmou que o ministério ordenado permanece reservado aos homens. Em entrevista à rede norte-americana CBS, foi questionado Francisco foi direto ao ser questionado sobre a possibilidade de ordenar mulheres diáconas:
“Para uma menina crescendo como católica hoje, ela algum dia terá a oportunidade de ser diácona e participar como membro do clero na igreja?
Ao que respondeu diretamente: “Não”.
Após sua resposta, o papa prosseguiu:
A resposta foi direta:
“Não. Falando em diáconos com ordens sagradas, não. Mas as mulheres sempre tiveram, eu diria, a função de diaconisas sem serem diáconos, certo?”
A declaração do Ppapa remete à distinção que a Igreja faz entre ministérios leigos e ordens sagradas, como diáconos e padres, que estão reservados ao sexo masculino.
Apesar dessa posição, Francisco defende que o papel das mulheres na Igreja deve ser cada vez mais valorizado. Ele já afirmou:
“As mulheres são guardiãs magistrais da vida. Abrir espaço na Igreja para as mulheres não significa apenas dar-lhes um ministério. A Igreja é mãe, e são as mulheres na Igreja que ajudam a promover essa maternidade.”
Nos últimos anos, o pontífice também nomeou mulheres para cargos relevantes na estrutura do Vaticano.
Um dos casos mais notáveis foi o da irmã Nathalie Becquart, nomeada subsecretária do Sínodo dos Bispos, a primeira mulher com direito a voto nesse organismo.
Com esse equilíbrio entre tradição e abertura pastoral, o Papa Francisco deixou sua marca na forma como a Igreja se relaciona com as mulheres, propondo maior participação sem romper com os fundamentos do magistério católico.
O Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira, 21 de abril, às 4h47, horário do Brasil (9h47 no horário de Roma).
O comunicado oficial veio horas atrás, diretamente da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, em um pronunciamento que marcou o encerramento de um pontificado que transformou a história da Igreja.
Nascido na capital argentina e filho de italianos, Jorge Mario Bergoglio foi eleito pontífice em março de 2013, após a renúncia do papa Bento XVI. Sua eleição inaugurou uma nova era na Igreja, afinal, Francisco é:
Hoje, às 15 horas, vai ao ar o primeiro episódio do Especial Papado, o professor Raphael Tonon apresenta a trajetória e o pontificado de Francisco.
A Brasil Paralelo criou um programa especial sobre o pontificado de Francisco. Clique e assista gratuitamente:
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