O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (23).
A decisão veio após uma ordem direta de Lula, que foi informado pela manhã sobre uma operação da Polícia Federal para investigar um esquema bilionário organizado dentro do órgão.
A exoneração foi publicada oficialmente no Diário Oficial da União pela ministra da Casa Civil, Miriam Belchior.
A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em 14 estados.
Além de Stefanutto, outros cinco servidores do INSS foram afastados de suas funções por determinação judicial.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, que indicou Stefanutto, afirmou que é preciso aguardar as investigações, garantindo o direito de defesa. Foram apreendidos carros de luxo, joias e dinheiro na operação.
Entidades de classe, como associações e sindicatos de aposentados, firmavam convênios com o INSS.
Esses acordos permitiam que as entidades cobrassem suas mensalidades diretamente na fonte, debitando o valor automaticamente de aposentadorias ou pensões.
O problema apontado pela investigação é que essas cobranças aconteciam sem qualquer autorização do beneficiário.
Para justificar as mensalidades, as entidades geralmente ofereciam supostas vantagens aos associados, como acesso a convênios com academias, consultorias jurídicas ou parcerias comerciais.
Contudo, a investigação descobriu que muitas das organizações sob suspeita não prestavam de fato os serviços prometidos.
Até o momento, as autoridades estimam que o esquema tenha começado em 2016 e causado um prejuízo de cerca de R$8 bilhões.
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