O novo líder sírio, Ahmed al-Sharaa, é também conhecido como Abu Mohammad al-Jolani. Seu passado está ligado a grupos islâmicos terroristas radicais, foi um dos fundadores e principal líder da Jabhat al-Nusra.
Este grupo atuou como o braço oficial da Al-Qaeda na Síria durante os primeiros anos da prolongada guerra civil no país.
Jolani anunciou o rompimento formal de seu grupo com a Al-Qaeda transnacional. A facção passou por diversas reformulações. Consolidou-se como Hay'at Tahrir al-Sham (HTS).
A HTS estabeleceu controle sobre territórios significativos no noroeste da Síria. Nos últimos anos, Al-Sharaa (Jolani) iniciou um esforço para modificar sua imagem pública. Buscou apresentar a HTS mais como uma administração local focada na governança dos territórios sob seu controle, tentando se distanciar da imagem do jihadismo global.
Apesar dessas tentativas de reposicionamento, os Estados Unidos mantinham uma recompensa por sua captura. O valor era de US$ 10 milhões (cerca de R$ 51,8 milhões, na cotação atual).
Ele era classificado pelos EUA como um terrorista global. Sua ascensão à chefia de Estado da Síria, ocorrida em um contexto de recente e profunda instabilidade política no país, é, portanto, uma reviravolta política extraordinária e de grande impacto.
O encontro com Trump e o novo acordo com os EUA selam essa nova e surpreendente realidade no Oriente Médio.
A Casa Branca detalhou as condições impostas por Washington para o novo acordo. O presidente Trump exigiu do novo líder sírio, Ahmed al-Sharaa, o reconhecimento do Estado de Israel.
Essa aproximação ocorreria no âmbito dos Acordos de Abraão. Se concretizado, marcará a primeira vez que Síria e Israel estabelecerão relações diplomáticas formais e cordiais.
Outra exigência crucial foi o apoio sírio às tropas americanas presentes no país. Essas tropas combatem focos de resistência do Estado Islâmico e outros grupos terroristas. Finalmente, foi demandado que a Síria corte todo o apoio a grupos pró-iranianos que atuam em seu território.
Em contrapartida ao cumprimento dessas exigências, os Estados Unidos removerão as sanções econômicas e políticas contra a Síria. O acordo também prevê o perdão de dívidas do país.
Com essa reconfiguração, a Síria passaria de um tradicional adversário de Israel para um elemento importante. Poderia contribuir para o processo de isolamento do Irã na região, segundo a perspectiva estratégica americana. A medida visa, nas palavras de Trump sobre o fim das sanções, dar à Síria "uma chance de grandeza".
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