Do fundo do poço ao topo
O início da carreira de Acerbi foi promissora. Aos 24 anos, foi convocado para a seleção italiana. Em 2012, chamou a atenção do Milan e foi contratado pelo clube.
Tudo corria bem, até que ele perdeu seu pai e mergulhou em uma depressão.
“Depois que meu pai morreu, quando eu jogava pelo Milan, cheguei ao fundo do poço. Era como se eu tivesse esquecido como jogar, ou o porquê de estar jogando. Comecei a beber. E acredite, eu bebia qualquer coisa”, relatou.
Com a saúde mental abalada, não conseguiu se firmar no Milan. Um ano depois, foi diagnosticado com câncer nos testículos.
Fez o tratamento e se recuperou. Mas no fim do mesmo ano foi punido pelo Comitê Olímpico Nacional Italiano por um motivo inesperado.
Detectaram o hormônio Gonadotrofina no atleta. O que ninguém esperava é que a causa dessa substância era um novo tumor.
Durante a quimioterapia, Acerbi foi obrigado a parar de beber e abandonar os vícios que desenvolveu quando perdeu o pai.
“Pode parecer um paradoxo terrível, mas o câncer me salvou (dos vícios). Eu tinha algo novo para lutar, um limite para superar. Era como se eu pudesse recomeçar e enxergar o mundo de forma que havia me esquecido.”
Recuperado, se firmou com a camisa do Sassuolo. Até que em 2022 chegou ao Inter, onde começou a viver o auge de sua carreira.