Após anunciar a criação de uma comissão sobre segurança pública, o presidente da Câmara passou a ser alvo de críticas nas redes sociais.
Os comentários surgiram após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que restabeleceu o aumento do IOF — anteriormente derrubado pelo Congresso.
A medida, revertida pelo Judiciário, gerou reações de incômodo entre usuários, que questionaram a efetividade das decisões do Legislativo diante do Supremo Tribunal Federal.
Na publicação do deputado Hugo Motta, diversas respostas ironizaram sua autoridade. O antropólogo e escritor Flávio Gordon foi direto:
“Você não determina nada. Você obedece ao Alexandre de Moraes.”
Outro usuário comentou: “Fala do IOF, machão.”
A crítica aponta para uma sensação de impotência do Legislativo diante das decisões do STF.
O deputado também comentou a decisão de Alexandre de Moraes sobre o IOF“A partir de hoje, a Constituição foi alterada e temos somente dois Poderes: O Executivo e a Assessoria Jurídica do Governo, mais comumente chamada de STF. O Congresso Nacional pode fechar já”.
No sistema político brasileiro, cada um dos Três Poderes têm funções bem definidas:
No caso do IOF, o presidente Lula editou um decreto para aumentar o imposto. A medida foi posteriormente derrubada pelo Congresso, que tem o poder constitucional de suspender atos do Executivo.
No entanto, após questionamentos levados ao STF, o ministro Alexandre de Moraes decidiu restabelecer parte do decreto presidencial. A decisão reacendeu o debate sobre os limites do Judiciário.
O imposto é federal e incide sobre operações como crédito, câmbio, seguros e investimentos. A proposta do governo Lula era elevar as alíquotas para aumentar a arrecadação e cumprir metas fiscais.
Após críticas no Congresso, o governo editou uma medida provisória tributando apostas e cortando gastos, retirando o aumento do IOF. Ainda assim, os deputados decidiram suspender oficialmente o decreto.
Ontem, o STF decidiu validar a maior parte do decreto original. Apenas um trecho que tratava de operações de risco foi suspenso.
Na decisão, o ministro alegou que não houve desvio de finalidade na edição do decreto. Segundo a decisão, o aumento do imposto não fere a Constituição.
“Não houve desvio de finalidade e, consequentemente, não há mais necessidade de manutenção da cautelar, pois ausente o risco irreparável decorrente de eventual exação fiscal irregular em montantes vultosos”.
A medida causou desconforto em setores do Congresso. O STF pode revisar atos considerados inconstitucionais. No entanto, a ideia de que o tribunal possa restaurar um decreto já rejeitado pelo Legislativo levanta dúvidas sobre a separação de Poderes.
O episódio do IOF é mais um exemplo do conflito institucional que vem ganhando força nos últimos anos. E o caso expôs o que muitos usuários das redes sociais já percebem: nem sempre quem preside um Poder é quem mais manda.
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