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O roteirista irlandês Graham Linehan foi detido pela polícia após voltar de uma viagem para os Estados Unidos.

Linehan disse em sua página no Substack que foi recebido por cinco policiais armados, conduzido a uma área reservada.

Ele conta que sua pressão arterial passou de 200, fazendo com que precisasse ser levado ao hospital e ficar em observação. 

O motivo para a ação policial foram três postagens feitas pelo roteirista em sua conta no X.

Na primeira ele critica transsexuais que usam espaços femininos e diz para as mulheres “fazerem uma cena”:

“Se um homem que se identifica como trans entrar em um espaço exclusivo para mulheres ele está cometendo um ato violento e abusivo. Faça uma cena, chame a polícia e, se tudo falhar, chute suas genitais”.

Outra publicação que foi mencionada pela Justiça mostra uma imagem de uma manifestação trans com a legenda “uma foto que você pode cheirar”:

No terceiro post considerado ilegal, Linehan dizia:

“Odeio eles. Misóginos e homofóbicos. F****-se eles.”

A Justiça decidiu que essas publicações se enquadrar na lei britânica sobre incitação da violência.

Apesar da situação, Graham descreveu os agentes como profissionais e corretos, mas classificou o caso como um exagero diante de publicações online.

O roteirista foi ouvido pelas autoridades, sendo liberado após pagar a fiança e concordar em não usar mais o X.

J.K. Rowling e Elon Musk defenderam Graham

A página The Free Speech Union divulgou uma foto de Graham no hospital e comentou que ele foi abordado pelos policiais no aeroporto por causa de publicações no X.

A autora de Harry Potter, JK Rowling republicou a postagem com uma legenda que diz:

“Que p**** o Reino Unido se tornou? Isto é totalitarismo. Completamente deplorável.”

Elon Musk reagiu à publicação de J.K., usando apenas a expressão “Estado Policial”.

Essa não é a primeira acusação contra o roteirista na Justiça

Além da investigação pelas postagens no X, Linehan responde a um processo separado por assédio e dano criminal contra o ativista trans de 17 anos Sophia Brooks. 

O caso começou no dia 11 de outubro do ano passado, quando um grupo de ativistas trans interrompeu um evento do grupo LGB Alliance lançando insetos no salão.

Linehan começou a associar Brooks com o caso, apesar dele ter negado envolvimento na Justiça.

O roteirista passou a divulgar postagens chamando o ativista de “psicopata”, “narcisista maligno” e “terrorista doméstico”.

O caso ficou ainda mais sério quando os dois se encontraram em um evento chamado Battle of Ideas.

Brooks filmou Graham durante o evento e o provocou perguntando sobre as críticas nas redes sociais.

Em um momento, o roteirista perdeu a paciência e tentou pegar o telefone do adolescente, danificando o equipamento.

Esse não é o único caso em que uma pessoa enfrentou punições por falar contra o movimento trans.

A ativista feminista brasileira, Isabella Cêpa, foi processada por chamar Erika Hilton de homem.

Ela chegou a receber asilo político em um país do Leste europeu após entrar com um pedido na Agência da União Europeia para Asilo (EUAA).

Entenda o caso com o especial da Brasil Paralelo:

O STF deu um parecer favorável à ativista e arquivou o caso, no entanto, ela não voltou ao país por medo de represálias.