O deputado Chiquinho Brazão, acusado no caso Marielle Franco, passou a cumprir prisão domiciliar no Rio de Janeiro neste domingo (13/04).
A transferência foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, atendendo a pedido da defesa baseado em razões de saúde. Brazão estava em prisão preventiva desde março de 2024.
Apesar de ter sido preso, Chiquinho Brazão permanece como deputado federal, o gabinete do parlamentar continua ativo, com assessores e verba mensal.
Um processo de cassação de seu mandato foi aprovado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, mas aguarda análise no plenário há mais de 200 dias.
A defesa de Chiquinho Brazão solicitou a prisão domiciliar argumentando "risco elevado de morte" e "descontrole geral de seu estado de saúde".
Relatórios médicos citados na decisão de Moraes indicam que o deputado é portador de doença arterial coronariana crônica, com múltiplos stents implantados, além de diabetes tipo II, sinais de nefropatia e hipertensão.
O despacho do ministro menciona "alta possibilidade dele sofrer mal súbito, com risco elevado de morte".
Com base nesse quadro e em artigo do Código de Processo Penal que prevê a medida para presos "extremamente debilitados por motivo de doença grave", Moraes autorizou a prisão domiciliar humanitária.
A decisão contrariou parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que havia se manifestado contra a substituição da prisão preventiva.
Para cumprir a pena em regime domiciliar, Chiquinho Brazão deverá seguir uma série de restrições:
O descumprimento de qualquer uma das medidas pode levar à revogação do benefício e ao retorno à prisão.
Marielle Franco foi assassinada a tiros em março de 2018, no Rio de Janeiro, junto com seu motorista, Anderson Gomes.
A investigação da Polícia Federal apontou Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, como mandantes do crime. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, também é acusado de envolvimento.
Segundo a denúncia da PGR aceita pelo STF, o assassinato teria sido motivado pela atuação de Marielle contra esquemas de loteamento ilegal de terras por milícias na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso dos disparos, firmou acordo de delação premiada e acusou os irmãos Brazão. Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no crime, também foi condenado.
A série Investigação Paralela, já apontava para o possível envolvimento de figuras como Domingos Brazão no caso desde agosto de 2022.
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