O aborto é um procedimento agressivo, e que pode causar traumas imediatos e duradouros. As formas como o aborto é feito costumam não ser mostradas por causa do espanto que causam.
Entenda os quatro principais procedimentos que levam à morte do bebê e quais os impactos ele traz para a mulher.
O Aborto ocorre quando a gravidez termina ou é interrompida abruptamente. Segundo o Dr. Anthony Levantino, o aborto pode ser:
espontâneo, quando alguma condição de saúde faz com que o desenvolvimento do bebê seja interrompido e expulso do corpo da mãe;
acidental, que ocorre também de forma involuntária, resultante de um incidente ou trauma vivenciado pela gestante;
provocado, neste último caso, há a morte proposital da criança ainda no ventre da mãe por meio do uso de medicamentos, substâncias ou procedimentos cirúrgicos.
O aborto espontâneo é aquele que ocorre naturalmente, sem que seja provocado intencionalmente pela mulher. Esse é um risco possível a uma gravidez, ocorre em cerca de 10 a 25% das gestações, segundo uma pesquisa publicada no The Lancet. Em alguns casos, o aborto ocorre antes mesmo de a mulher saber de sua gravidez.
O aborto espontâneo apresenta diferentes causas e, geralmente, acontece por condições que não favorecem a vida do feto ou que está prejudicando seu desenvolvimento.
Normalmente, acontece logo no início da gestação e pode ser classificado de acordo com o período em que ocorre como precoce ou tardio.
É denominado de precoce quando acontece em mulheres que possuem menos de 13 semanas de gestação e tardio quando acontece entre 13 e 22 semanas.
Os fatores de risco para aborto espontâneo são:
alterações cromossômicas;
quedas no nível de progesterona no corpo da mulher;
mudanças no útero;
problemas tireoidianos;
diabetes não controlado;
idade materna acima de 45 anos;
obesidade ou drástica perda de peso;
aumento de chance no uso de drogas;
aumento de chance no uso de tabagismo;
aumento de chance no uso de alguns medicamentos.
Como é feito o aborto? Conheça os principais métodos
Existem diferentes procedimentos para que o aborto seja feito. De pílulas a injeções, todos oferecem riscos para quem o realiza e os procedimentos e seus efeitos colaterais serão apresentados. Os métodos são:
Procedimentos abortivos no 1º trimestre de gestação
O primeiro trimestre de gestação da mulher vai da semana 1ª à 13ª. A maior parte dos procedimentos são feitos nessa fase, quando o bebê ainda não está completamente formado.
A partir da 5ª semana, o bebê tem:
batimento cardíaco;
dedos dos pés e mãos;
braços;
pernas;
mas ainda tem os ossos frágeis.
Em geral, as mulheres identificam a gravidez na 4ª ou 5ª semana.
Curetagem
Esse procedimento é feito até a 12ª semana da gestação. O médico que faz o aborto seda a mulher e depois insere uma ferramenta chamada cureta no canal vaginal. O objeto é semelhante a uma colher de aço, mas sem fundo, que mede cerca de 23 centímetros.
Com movimentos circulares, a ferramenta pode ser capaz de descolar do útero o saco gestacional, onde fica o embrião e a placenta.
Mesmo não sendo o principal método usado nos abortos, a curetagem é um procedimento necessário para garantir a limpeza do útero e que não sobre nenhuma parte, membro, do bebê que foi despedaçado ou da placenta no local, afirma o Dr. Anthony Levatino. Isto evita infecções posteriores ao procedimento. Vejo um depoimento médico sobre o procedimento":
Pílulas abortivas
Animação representando um aborto usando o medicamento Misoprostol.
Dois medicamentos podem ser usados para promover o aborto: a Mifepristona e o Misoprostol, popularmente conhecido no Brasil como Cytotec. O primeiro pode ser usado até 9 semanas de gestação e o segundo até 22.
No caso da Mifepristona, a mãe ingere pílulas e elas inibem a produção de progesterona de seu corpo.
Com a inibição desse hormônio, o bebê para de receber da mãe o fluxo de sangue e nutrientes necessários para seu desenvolvimento e sobrevivência, explica a médica Marilene Mello de Oliveira.
Tendo cortado o essencial para a sobrevivência do bebê, ele vem a óbito. Após sua morte, o corpo expele-o naturalmente.
Para o Misoprostol, o médico administra uma grande quantidade do medicamento na boca e na vagina da paciente. As cápsulas quebram as fibras de colágeno do útero e fazem com que ele faça movimentos de contração, causando sangramentos intensos, até que o bebê seja expelido.
Para amenizar as dores das contrações, analgésicos são administrados pela veia. Depois de expelir, costuma-se fazer uma curetagem para limpar o útero.
Nestes processos, que duram horas ou dias, a mulher pode perder o bebê a qualquer momento. É muito comum ocorrer do bebê ser abortado em casa, no banheiro. A instrução das clínicas de aborto, para esses casos, é dar descarga.
Caso o bebê tenha 9 semanas, é possível ver o saco gestacional com um pequeno bebê com os dedos das mãos e dos pés já formados.
A médica Marilene Mello de Oliveira explica que os riscos e efeitos colaterais do aborto com pílulas:
dores abdominais;
náusea;
vômitos;
diarréia;
dor de cabeça;
fortes sangramentos que duram em média de 9 a 16 dias. Em 8% dos casos dura mais de 30 dias e em 1% dos casos é necessário hospitalizar a mulher devido aos fortes sangramentos.
Aspiração intrauterina
Animação representando o procedimento abortista da aspiração intrauterina.
A aspiração intrauterina pode ser feita manualmente ou com um aparelho elétrico. Na primeira forma, depois de sedar e anestesiar a gestante, o médico insere na vagina o aspirador manual, uma espécie de seringa grande, de 60 ml, que tem uma cânula (um tubo de plástico) encaixada em sua ponta. Ela pode variar de 4 a 12 milímetros de espessura e chega até o útero. Quanto mais avançada a gestação, maior ela é.
O médico puxa o êmbolo da seringa e ela suga pedaços do saco gestacional. Em seguida, caso necessário, usa-se a cureta para fazer a limpeza do útero.
A aspiração manual é um procedimento mais rudimentar. A elétrica é o método mais usado.
O médico que promove o aborto coloca na vagina da mulher um espéculo, ferramenta responsável por manter o órgão aberto. Depois ele insere uma ferramenta chamada dilatador no colo do útero para facilitar o acesso.
Um cateter de sucção é inserido, com um poder de sucção até 10 ou 20 vezes maior que um aspirador de pó doméstico.
A sucção dilacera completamente o bebê, explica o Dr. Anthony Levatino. Um dos riscos é uma sucção incompleta da placenta e dos membros do feto, em geral ainda é feita a curetagem para extrair o restante do bebê.
Os riscos e efeitos colaterais do aborto com aspiração intrauterina são: