Um navio de carga com bandeira da Grécia foi alvo de um ataque no Mar Vermelho, perto da costa do Iêmen.
O episódio marcou mais um capítulo da escalada de violência na região, onde rebeldes houthis têm atacado embarcações em resposta à guerra entre Israel e Hamas.
A embarcação Magic Seas navegava a cerca de 95 quilômetros do porto de Hodeida quando foi cercada por pequenas lanchas.
Os agressores atiraram com armas leves e lançaram granadas contra o navio. Em resposta, a equipe de segurança armada que estava a bordo revidou o ataque.
Segundo autoridades britânicas de segurança marítima, drones também teriam sido usados pelos houthis na ação
Após o ataque, a tripulação abandonou a embarcação, que começou a afundar. Nenhum membro da tripulação era de nacionalidade grega e não há relatos de feridos até o momento.
Os Houthis são um grupo rebelde xiita que atua no Iêmen e é apoiado pelo Irã.
Eles surgiram como um movimento local, mas ganharam força ao derrubar o governo do país em 2014, iniciando uma guerra civil.
Desde então, enfrentam uma coalizão liderada pela Arábia Saudita e têm atacado navios no Mar Vermelho em apoio à causa palestina.
O caso foi classificado como “grave” pelas Operações Marítimas de Comércio do Reino Unido, que monitoram a segurança naval global.
A situação ocorreu horas depois de o Exército de Israel emitir um alerta sobre possíveis ataques contra portos sob controle dos houthis, incluindo o de Hodeida.
O secretário-geral da Organização Marítima Internacional (OMI), Arsenio Dominguez, comentou o ataque em uma reunião da entidade nesta segunda-feira (8).
Ele pediu moderação às partes envolvidas e afirmou que “a segurança dos trabalhadores marítimos deve ser uma prioridade em todos os momentos”.
O Mar Vermelho é uma das rotas comerciais mais importantes do mundo. Aumentos na tensão local afetam diretamente o tráfego marítimo internacional.
O abandono do navio grego após o ataque mostra o nível de risco a que estão expostas embarcações civis que passam pela região.
O grupo rebelde houthi, apoiado pelo Irã, tem atacado navios ligados a países ocidentais e a Israel desde o fim de 2023.
Eles afirmam agir em apoio à causa palestina, especialmente após o início da guerra na Faixa de Gaza.
A guerra no Oriente Médio não se limita aos campos de batalha, ela também se desenrola no terreno das narrativas.
Buscando entender o que está por trás dessa guerra, a Brasil Paralelo decidiu ir ao Oriente Médio e ouvir diretamente as pessoas que estão envolvidas.
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Entenda, pela voz dos próprios envolvidos, o que realmente está acontecendo na região.
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