A Páscoa é considerada o ponto mais alto de todo o calendário cristão. Para os fiéis, ela representa não apenas um evento simbólico, mas o fundamento da própria fé: a ressurreição de Jesus Cristo.
Sem a Páscoa, a mensagem cristã perderia sua centralidade. Como explica o padre Thiago Fragoso.
"A ressurreição é a razão pela qual a Igreja existe. Somos fruto daquele calvário, daquele lado aberto, daquela ressurreição. Nossa vida vem da ressurreição".
Segundo a tradição cristã, a celebração da Páscoa não se inicia no domingo, mas na noite do sábado com a Vigília Pascal.
A cerimônia é dividida em quatro partes, cada uma com um significado próprio dentro da história da salvação.
Na primeira parte, chamada de lucernário, realiza-se a bênção do fogo novo e a entrada do Círio Pascal, uma grande vela, numa igreja completamente escura. As luzes se acendem gradualmente, representando a luz de Cristo vencendo as trevas e iluminando a comunidade dos batizados.
Em uma catequese sobre a vigília Pascal, Dom Henrique Soares da Costa falou sobre a importância desta noite:
“É uma noite santíssima. Nesta noite, Deus criou o mundo. Para esta noite, nós somos criados. Esta noite santíssima será luz para o meu dia”.
Em seguida, a liturgia da Palavra traz sete leituras do Antigo Testamento, acompanhadas de salmos, uma epístola e a leitura do Evangelho da ressurreição.
Trata-se de uma jornada pela história da salvação, desde a criação do mundo até a redenção por meio de Cristo.
A terceira parte da vigília é a liturgia batismal. Durante séculos, a Igreja reservou a noite da Páscoa para celebrar os sacramentos da iniciação cristã: batismo, crisma e Eucaristia.
Os catecúmenos, geralmente adultos, são acolhidos e inseridos na vida da Igreja. Os fiéis presentes renovam as promessas do batismo, reafirmando sua fé e rejeitando o pecado.
Na quarta parte, a liturgia eucarística celebra o Cristo ressuscitado. A Igreja celebra com o "pão da sinceridade e da verdade", marcando o início de uma nova vida.
O domingo de Páscoa é chamado "o dia do Senhor" e é considerado a celebração litúrgica mais importante da Igreja.
Na missa do domingo, um elemento especial se destaca: a sequência pascal Victimae paschali laudes, que exalta a alegria da ressurreição e narra o encontro de Maria Madalena com Jesus.
“À Vítima pascal ofereçam
Os cristãos sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo o Inocente
Reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
Travaram um admirável combate:
Depois de morto,
Vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria,
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
E a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
Vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
Precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
Tende piedade de nós.
Amém. Alleluia.”
A festa da Páscoa é o ápice das celebrações da Igreja católica porque ela não é apenas a recordação de um evento passado, mas a celebração do coração da fé cristã:
“Cristo venceu a morte. E com isso, abriu as portas para uma nova vida a todos os que creem”, afirma o padre Thiago.
Para a tradição da Igreja, não há nada mais central do que isso. Como escreveu o apóstolo Paulo: "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé" (1Cor 15,14).
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