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Atualidades
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Por que o Comando Vermelho não conseguiu entrar no Rio Grande do Sul?

O estado possui seu próprio ecossistema criminal, impedindo a entrada do PCC e o CV

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
14/11/2025 16:58
(Divulgação/Divulgação)

A megaoperação realizada no Rio de Janeiro no fim de outubro, a mais letal da história do estado, com 121 mortos, afetou negativamente o crescente poder do Comando Vermelho, a facção que hoje comanda o tráfico em boa parte do território brasileiro.

Mas um dado chama atenção. Entre os 27 estados do país, apenas três seguem fora do domínio do CV: São Paulo, o Distrito Federal e o Rio Grande do Sul.

Para especialistas, o caso do Rio Grande do Sul responde a condições sociológicas e de segurança específicas.

Facções regionais e presídios “loteados”

Segundo o sociólogo e professor da PUCRS Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, o Rio Grande do Sul não tem presença estruturada do Comando Vermelho, mas isso não significa ausência do crime organizado. 

O estado possui seu próprio ecossistema criminal. Entre as principais facções estão os “Bala na Cara” e “Os Manos”, que nasceram e se consolidaram dentro do sistema prisional gaúcho. 

As cadeias do estado, explica o jornalista e cineasta Renato Dornelles, foram “loteadas” por grupos locais, o que impede a entrada de organizações de fora.

Rio Grande do Sul possui uma barreira cultural

Especialistas afirmam que há também um componente cultural. 

“Há uma espécie de pacto informal entre as facções daqui para não ceder espaço a grupos externos”, diz Dornelles. 

O juiz Sidinei Brzuska, da Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre, complementa: 

“O Rio Grande do Sul é um Estado de forte tradição cultural, e isso se reflete até na forma como o crime se organiza”.

Essa cultura de independência explica por que, mesmo com a expansão nacional do CV desde os anos 1980, os grupos gaúchos permaneceram autônomos.

O crime organizado no RS possui competição local forte

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que ao menos dez facções diferentes atuam no território gaúcho

Essa multiplicidade cria uma espécie de equilíbrio forçado: nenhuma delas domina completamente o mercado, mas também não há espaço para uma invasão externa.

Enquanto o Comando Vermelho e o PCC expandiram suas redes nacionais, as facções gaúchas seguiram uma estratégia diferente: consolidar o controle no interior e nas periferias de Porto Alegre, onde o Estado é mais ausente.

A geografia do Rio Grande do Sul 

O Rio Grande do Sul está distante dos grandes corredores logísticos do narcotráfico, como as rotas do Norte e do Centro-Oeste, o que reduz o interesse do CV em estabelecer bases fixas.

A Secretaria da Segurança Pública gaúcha também aponta a atuação coordenada das forças policiais como uma barreira importante. 

“Esses fatores socioculturais e geopolíticos se somam à ação vigilante e contundente dos órgãos de segurança pública para manter o Estado fora do alcance de organizações como o CV e o PCC”, afirma a pasta em nota.

Alianças com o PCC e o CV, mas sem submissão

Embora o Comando Vermelho não tenha presença direta, ele mantém relações comerciais com grupos locais. Facções como os “Bala na Cara” compram drogas e armas do CV, mas as parcerias são pontuais.

Já “Os Manos” mantêm laços mais próximos com o PCC, mas também sem vínculo hierárquico, apenas uma relação de cooperação estratégica.

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