Em Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, a prefeitura repassou uma orientação para que professores evitassem menções diretas à fé cristã, como a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo, enquanto ensinam sobre a Páscoa.
O documento seguiu recomendando que eles focassem em "valores universais", como:
O documento afirmava que o objetivo seria garantir a laicidade do ensino público na cidade.
O "informe pedagógico", divulgado pela Secretaria Municipal de Educação, foi enviado antes da Semana Santa e pedia que as atividades escolares desvinculassem símbolos como coelho e ovos de chocolate da religião.
A orientação interna destinada a diretores e supervisores escolares vazou para o debate público após o vereador Israel Russo (União) levar o tema para a Câmara Municipal.
Diante da polêmica, a Prefeitura de Pouso Alegre divulgou uma nota oficial, na qual afirmou que respeita todas as religiões, inclusive os cristãos:
“Nos dirigimos à população de Pouso Alegre para afirmar com clareza: sempre conduzimos nossas ações com respeito às crenças do nosso povo, em especial à fé cristã, que é predominante em nossa cidade.”
A prefeitura negou qualquer tentativa de desvalorizar a fé cristã ou omitir a figura de Jesus Cristo e disse que a nota seguia a lei federal:
"O que foi feito pela equipe técnica foi apenas um ato informativo, que replicou o que determina a legislação federal. Seguimos comprometidos com uma gestão que valoriza a fé, promove a harmonia e fortalece o respeito entre todos os cidadãos”.
Além disso, a própria secretária municipal de educação, Suelen Faria, foi às redes sociais para dizer que não está proibido falar sobre Jesus nas escolas:
“Reafirmamos com muita clareza que em nossas escolas nunca foi e jamais será proibido mencionar o nome de Jesus Cristo, pelo contrário, em nossas disciplinas trabalhamos sempre com os valores que Cristo ensinou de amor, solidariedade e respeito ao próximo.”
O prefeito da cidade, José Dimas (Republicanos), e seu vice, Igor Tavares (PSD), também fizeram um vídeo juntos para explicar a situação.
Na gravação, o vice afirma que o documento não havia passado por revisão e nem era oficial:
“Trata-se de um documento não revisado e não oficial que partiu do departamento pedagógico e no qual a secretaria de educação já veio a público esclarecer, nunca foi e jamais será proibido mencionar o nome de Jesus Cristo nas escolas.”
O prefeito reforçou a narrativa e disse que o comunicado estava sendo usado pela oposição para “crucificar” a secretária de educação:
“Infelizmente temos políticos e assessores que de forma inescrupulosa estão aproveitando esse momento para difundir, para propagar a crucificação dessa servidora que produziu esse documento de forma errônea.”
Procurada por e-mail, a Secretaria de Educação da cidade não respondeu o e-mail até a publicação desta amtéria.
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