A ludopatia, também conhecida como jogo patológico ou transtorno do jogo, é uma doença mental caracterizada por um comportamento de jogo compulsivo, persistente e mal adaptativo.
Essa compulsão leva o indivíduo a repetir o comportamento de apostar. Ele faz isso apesar das consequências negativas em sua vida pessoal, financeira e profissional. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a ludopatia em sua Classificação Internacional de Doenças (CID). Ela não é apenas um "mau hábito" ou "falta de força de vontade".
É uma condição que exige compreensão, diagnóstico e tratamento especializado. Os sintomas incluem uma preocupação crescente com o jogo. Há também a necessidade de apostar quantias cada vez maiores para sentir excitação.
Tentativas fracassadas de parar ou controlar o jogo são comuns, muitos mentem para esconder seu envolvimento e podem até recorrer a atividades ilegais para financiar o vício.
A CPI das Bets tem um motivo claro para se preocupar com a ludopatia. A facilidade de acesso a plataformas de apostas online através de smartphones é um fator. Some-se a isso o marketing agressivo, muitas vezes envolvendo influenciadores digitais. Cria-se um ambiente propício ao desenvolvimento do vício.
Depoimentos na CPI, como o da influenciadora Virginia Fonseca, revelaram práticas questionáveis na publicidade desses jogos. A falta de uma regulamentação mais rígida e de mecanismos eficazes de controle e prevenção é outro ponto de atenção. A comissão investiga a responsabilidade das empresas de apostas.
Busca também formas de mitigar os danos sociais, como a disseminação da ludopatia. O crescimento exponencial das apostas online pode estar alimentando uma epidemia silenciosa de viciados.
Reconhecer os sinais da ludopatia é o primeiro passo para buscar ajuda. Alguns comportamentos podem indicar que o jogo deixou de ser um entretenimento e se tornou um problema:
A prevenção da ludopatia envolve educação sobre os riscos do jogo. Exige também a implementação de políticas de jogo responsável pelas plataformas de apostas. Limites de depósito, autoexclusão e alertas sobre tempo de jogo são exemplos. A regulamentação da publicidade é igualmente crucial. É preciso evitar que ela seja enganosa ou direcionada a públicos vulneráveis.
Para quem já desenvolveu o transtorno, o tratamento existe. Ele geralmente combina psicoterapia (especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental) com grupos de apoio, como os Jogadores Anônimos (JA).
Em alguns casos, medicações podem ser indicadas para tratar comorbidades como ansiedade e depressão. É fundamental buscar ajuda profissional e o apoio da família.
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