O conservador José Antonio Kast venceu as eleições no Chile neste domingo com 58,1% dos votos, contra 41,8% da comunista Jeannette Jara.

O que poucos sabem é que sua irmã, Bárbara Kast Rist, foi declarada venerável pela Igreja Católica e pode virar santa em breve.

Quem foi Bárbara Kast?

Bárbara Kast nasceu em 24 de julho de 1950, em um pequeno povoado no sul da Alemanha. 

Tinha apenas oito meses quando seus pais se mudaram para o Chile, em meio às dificuldades do pós‑guerra. Ela cresceu em uma família numerosa, era a segunda de dez filhos.

Desde cedo, Bárbara gostava de esportes, cuidava das flores que cultivava e ajudava em casa, mantendo uma relação muito próxima com os pais. 

Ainda criança, estudou em regime de internato, onde viveu uma infância tranquila, com amizades e desempenho escolar normal.

Aos 7 anos, fez a Primeira Comunhão no dia da Imaculada Conceição, data que descreveu em seu diário como um dos melhores dias de sua vida:

“Tudo foi muito bom; em todo banco havia meninas vestidas como anjos. Fiquei muito feliz, porque eu poderia receber nosso Senhor. Depois da missa, fomos para casa e eu recebi muitos presentes. Foi o dia mais feliz da minha vida ”.

Na adolescência, Bárbara passou a estudar no Colégio Mariano, dirigido pelas Irmãs de Maria de Schoenstatt. 

Ali, ela conheceu o Movimento Apostólico de Schoenstatt, que a ajudou a aprofundar sua vida espiritual.

Pouco tempo depois, ela participou de um encontro de lideranças do grupo. As irmãs escreveram que ela tinha qualidades fortes para começar a liderar, mesmo não atendendo todos os critérios:

“Ela desfrutou de uma sólida educação cristã em em casa, e é, portanto, capaz de decidir por grandes ideais para o qual ela se compromete completamente.”  

“Querida mãe, você realmente me surpreendeu hoje. Eu deveria ser líder do grupo por um tempo. Eu realmente não sei Mãe, o que devo fazer ou dizer. Por favor, Mãe, não saia do meu lado … Ajude-me a liderar meu grupo mais perto de você e de Deus. Obrigado mãe, por confiar mim.” Escreveu Bárbara em seu diário referindo-se a Maria.

Em seus diários, escreveu repetidamente sobre o desejo de ser um “tabernáculo vivo”, alguém que levasse Cristo aos outros por meio da própria vida. 

Mesmo enfrentando dúvidas e medos, especialmente após a morte trágica de uma irmã mais nova, buscava viver com disciplina interior, simplicidade e entrega.

Em janeiro de 1968, Bárbara participou de um acampamento do Movimento de Schoenstatt que marcou profundamente sua vida. 

Lá tomou a decisão de se entregar totalmente à missão que acreditava ter recebido. Em 1968, virou dirigente do movimento e selou oficialmente sua Aliança de Amor.

Apenas três semanas depois, em 29 de dezembro, morreu em um acidente de carro, aos 18 anos. 

Sua morte causou forte comoção entre familiares, amigas e membros do grupo. O velório ocorreu no Santuário de Bellavista, lugar que ela considerava sua casa espiritual.

Com o passar dos anos, a Igreja analisou sua trajetória. Após estudos e testemunhos, Bárbara Kast foi declarada venerável, reconhecimento oficial de que viveu virtudes cristãs de forma exemplar. 

Esse é um passo importante no processo de beatificação, que ainda segue em andamento.