Um incêndio devastador consumiu o palco principal do Tomorrowland, o icônico festival de música eletrônica realizado em Boom, na Bélgica. Em comunicado divulgado no início da noite, os organizadores confirmaram a gravidade do incidente:
“Devido a um sério incidente e a um incêndio no Mainstage do Tomorrowland, nosso amado palco principal sofreu danos severos. Podemos confirmar que ninguém ficou ferido.”
Imagens captadas ontem (16) por testemunhas revelam colunas densas de fumaça preta engolindo o céu, enquanto fogos de artifício, aparentemente acionados pelas chamas, explodiam em rajadas, visíveis e audíveis à distância.
Segundo a emissora pública belga VRT, até o momento da publicação, o fogo ainda não havia sido completamente controlado, apesar da ação incansável dos serviços de emergência.
O festival ainda não havia aberto suas portas ao público, mas cerca de mil funcionários estavam no local e foram evacuados com segurança, sem registro de feridos. A organização do evento afirmou estar totalmente dedicada a encontrar soluções para garantir a realização do evento no fim de semana.
A área de camping DreamVille segue com abertura programada para quinta-feira, mantendo a expectativa dos fãs.
A polícia local confirmou o incêndio em postagens nas redes sociais, pedindo que a população evite a região para facilitar o trabalho dos bombeiros.
O Tomorrowland é um dos maiores festivais de música eletrônica do mundo. Estreou em 2005 em Boom, na Bélgica e, em sua primeira edição, atraiu 10 mil pessoas. Com o tempo, tornou-se um fenômeno global, com edições em países como França, Estados Unidos (TomorrowWorld) e Brasil, reunindo milhões de fãs, os People of Tomorrow. Conhecido por sua cenografia grandiosa, atmosfera mágica e line-ups com DJs como Dimitri Vegas & Like Mike, Martin Garrix e Alok, o festival já alcançou 400 mil participantes em uma única edição na Bélgica, com 16 palcos e 750 atrações, consolidando-se como ícone da cultura eletrônica.
No Brasil, estreou em 2015, em Itu (SP), retornou em 2016 e, após um hiato de sete anos devido a desafios econômicos e à pandemia, voltou em 2023 com o tema The Reflection of Love.
O Tomorrowland é uma espécie de evento alternativo, criando um universo imersivo que combina música eletrônica com narrativas fantásticas e cenografias sofisticadas.
Realizado em Boom, na Bélgica, o evento atrai um público global com sua atmosfera de celebração, liberdade e conexão, promovendo um espaço de escapismo, diversidade e expressão pessoal.
Sua reputação, no entanto, também é marcada por elementos de contracultura, como o uso de drogas sintéticas, apesar dos esforços das autoridades para coibir essas práticas.
Embora a organização proíba expressamente o uso de drogas, uma reportagem da RFI, publicada em 2019, expôs os desafios enfrentados pelo festival. Durante o primeiro fim de semana de julho daquele ano, 24 traficantes foram detidos, 231 pessoas foram expulsas por posse de entorpecentes, e um jovem morreu, enquanto quatro foram internados em estado grave.
Substâncias como ecstasy, cocaína, MDMA, ketamina e GHB foram amplamente consumidas, evidenciando os riscos de segurança e saúde pública no evento.
Além da Bélgica, Holanda também é considerada centro do uso de drogas
Ao lado da Bélgica, a Holanda é apontada como um epicentro de produção de drogas sintéticas de alta pureza e baixo custo, o que amplifica os desafios no Tomorrowland, especialmente para jovens estrangeiros que desconhecem a potência dessas substâncias.
Um estudo da Europol e do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência destacou a Bélgica como líder na Europa em pureza e acessibilidade de drogas ilícitas, ocupando o topo da cadeia de distribuição no continente.
A cocaína, principal droga ilícita consumida na União Europeia, atingiu recordes de pureza e volume de apreensões, com métodos de distribuição cada vez mais sofisticados, como call centers para entregas rápidas.
O mercado de drogas sintéticas também cresce, com 55 novas substâncias psicoativas detectadas e 730 em circulação.
Análises de esgotos em cidades como Barcelona, Zurique e Antuérpia confirmam o elevado consumo de cocaína, enquanto a crescente potência do cannabis preocupa as autoridades, consolidando a Europa como um hub de produção e consumo de drogas.
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