Elon Musk não faz mais parte do governo Trump. O bilionário anunciou sua saída do cargo especial de conselheiro e líder do recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (Doge).
A Casa Branca confirmou o "desligamento" de Musk, que, segundo a agência Reuters, não teria conversado com Trump antes de formalizar sua partida.
Em uma postagem no X, Musk agradeceu ao presidente pela oportunidade de "reduzir gastos desnecessários" e afirmou que o trabalho do Doge "apenas se fortalecerá com o tempo".
O empresário já havia sinalizado que poderia deixar o governo, declarando que o Doge teria cumprido a maior parte da missão de reduzir o déficit federal em US$1 trilhão.
No entanto, divergências políticas e a situação de suas próprias empresas parecem ter pesado na decisão.
Musk criticou um projeto de lei que previa isenções fiscais multibilionárias e aumento nos gastos com defesa.
Para o bilionário, a medida aumentaria o déficit e prejudicaria o trabalho de corte de custos do Doge.
Ele também teria tentado intervir contra as tarifas de importação de Trump, vistas como danosas para a Tesla, que depende do mercado chinês.
O irmão de Musk, Kimbal, chegou a criticar as tarifas de Trump nas redes sociais, chamando-as de um "imposto estrutural e permanente sobre o consumidor americano".
A empresa de carros elétricos de Musk enfrenta um período de dificuldades, com queda nos lucros e nas vendas.
Em abril, Musk disse a investidores que dedicaria "muito mais do seu tempo à Tesla". As ações da companhia, que estavam em baixa, subiram após essa declaração.
A passagem de Elon Musk pelo governo, foi marcada por ações drásticas e muita polêmica.
O DOGE removeu mais de 62 mil nomes da base da Previdência Social que estavam desatualizados ou falsificados.
O Doge informou que alguns casos complexos, como indivíduos com múltiplas datas de nascimento registradas, ainda serão investigados em um esforço futuro.
A ideia é modernizar bancos de dados com sistemas de biometria e verificação por inteligência artificial.
Prezado Rafael,
Uma das ações mais controversa da gestão de Elon Musk no Doge foi a tentativa de fechar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID)
Semanas após ser nomeado por Trump para comandar o Doge, no início do ano, Musk anunciou em uma postagem na sua rede social X que planejava fechar a USAID.
Ele escreveu em fevereiro que era hora de a USAID "morrer" e que sua equipe estava em processo de encerrar as atividades da agência.
A implementação desse plano foi rápida. Funcionários da USAID foram afastados de seus postos, e a grande maioria da força de trabalho da agência teve seus contratos rescindidos ou aceitou acordos de demissão.
Projetos de ajuda humanitária em andamento ao redor do mundo foram interrompidos.
Um grupo de 22 ex-oficiais de segurança nacional dos Estados Unidos manifestou preocupação, argumentando em uma petição judicial que o financiamento da USAID era de interesse nacional. Eles também afirmaram que:
"As ações radicais criaram vácuos de necessidade em todo o mundo, cedendo influência e permitindo que a China e a Rússia aproveitassem as oportunidades deixadas para trás".
No entanto, a iniciativa encontrou um forte obstáculo judicial. Em uma decisão de 18 de março deste ano, um juiz federal ordenou que o governo restabelecesse imediatamente os sistemas da USAID.
Ele classificou o fechamento acelerado promovido por Musk e pelo Doge como "provavelmente uma violação da Constituição dos Estados Unidos de várias maneiras".
O Doge, tinha a meta ambiciosa de identificar e cortar até R$5,6 trilhões em desperdícios para reduzir o déficit americano.
O governo Trump já comemora economias que teriam chegado a mais de R$310 bilhões.
O próprio Trump afirmou que o esforço de Musk está "encontrando bilhões e será encontrado um valor de fraudes na casa das centenas de bilhões de dólares".
Apesar das cifras grandiosas, o site oficial do Doge, onde as economias deveriam ser detalhadas com "transparência máxima", só apresentava cerca de R$90 bilhões.
Esse valor cai para aproximadamente R$45 bilhões após a correção de um erro. Um contrato suspenso com a empresa D&G Support Services é listado em R$45 bilhões, mas na verdade custava R$45 milhões.
A correção no banco de dados oficial do governo foi feita no mesmo dia em que o Doge publicou o valor inflacionado.
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