Jair Bolsonaro orientou o Partido Liberal a ajustar o projeto de lei que anistia os presos dos atos de 8 de janeiro de 2023.
As novas discussões sobre a anistia ganharam força após um encontro entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Hugo Motta na tarde de quarta-feira, 9 de abril. O sigilo em torno da reunião aumenta a expectativa sobre o futuro da proposta.
A proposta enfrenta resistência entre deputados, que debatem penas pesadas do Supremo Tribunal Federal (STF) e a necessidade de punir quem depredou os Três Poderes.
Ainda permanece em aberto quais serão as alterações no projeto, e se a anistia poderá contemplar figuras como Bolsonaro e os réus acusados de liderar as ações.
No entanto, aliados do ex-presidente veem na aprovação de qualquer forma de anistia um caminho para aliviar sua situação no STF.
Em meio às articulações do presidente da Câmara com o Executivo e o Supremo Tribunal Federal para encontrar um acordo sobre a revisão das penas dos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quinta-feira (10), que busca "anistia ampla, geral e irrestrita" aos presos dos atos de 8 de Janeiro, e não a mera redução de penas.
A declaração ocorreu durante um almoço organizado por um grupo de advogados de direita críticos à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Judiciário.
Para lidar com as tensões, Motta cancelou a reunião de líderes desta quinta-feira, 10 de abril, e definiu trabalhos remotos na próxima semana, com sessões antecipadas por causa da Páscoa.
O PL, que controla a presidência da Câmara, não deve forçar a votação da anistia nas sessões antecipadas. Deputados estimam que o tema só chegará ao plenário em três semanas.
Motta, ausente de Brasília no feriado, busca revisar “eventuais exageros” nas penas. O presidente já se manifestou sobre conciliar “sensibilidade e responsabilidade” para manter a harmonia com o STF.
Ele apresentará a proposta aos líderes quando o requerimento de urgência atingir 257 assinaturas, mas mantém conversas reservadas com ministros como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
A oposição na Câmara dos Deputados atingiu, na noite de 10 de abril, o número de assinaturas necessárias para protocolar um requerimento de urgência para o Projeto de Lei (PL) da Anistia.
A relatoria do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) era exercida pelo deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE). Há uma expectativa de que Valadares continue à frente da matéria, conduzindo as alterações no plenário.
Mas Hugo Motta pode substituí-lo, já tendo recebido o nome de Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), ex-procurador do Ministério Público, como possível novo relator. Ambos são alinhados ao ex-presidente.
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