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Em meio às tensões entre EUA e Venezuela, um empresário brasileiro tem se colocado como um ator importante.
Joesley Batista, um dos donos da gigante JBS, viajou para Caracas no dia 23 de novembro para conversar com o ditador Nicolás Maduro, segundo afirmou o site Bloomberg.
Ele teria repetido o apelo de Trump para que o ditador renunciasse e garantisse uma transição pacífica no país. O empresário também negociou as tarifas americanas contra o Brasil há alguns meses.
A reunião aconteceu dias após uma conversa por telefone entre o presidente americano e Maduro.
A Bloomberg afirma que funcionários do governo americano sabiam, mas Joesley foi por iniciativa própria.
Empresário também se reuniu com Trump
Joesley também se encontrou com Trump em setembro para uma audiência na Casa Branca para discutir as tarifas contra o Brasil. Suas empresas empregam mais de 70 mil americanos.
Ele havia doado aproximadamente US$5 milhões para a festa de posse de Trump, o equivalente a R$26,7 milhões.
Pouco depois, suas empresas entraram na Bolsa de Valores de Nova Iorque, que estava travado pela Comissão de Valores Mobiliários americana.
Além disso, ele conseguiu recuperar o visto para entrar nos EUA, que estava barrado desde a época da Lava Jato.
Quais são os negócios de Joesley na Venezuela?
A relação do empresário com o regime de Caracas tem mais de uma década. A JBS vendeu alimentos para o país durante os momentos mais graves da crise econômica, principalmente entre 2015 e 2016.
As estimativas apontam que a empresa tenha vendido mais de US$1,2 bilhão em negociações especiais com o governo venezuelano. Na época, a companhia chegou a ser chamada de "tábua de salvação" pelo regime.
Atualmente, Joesley também tem participações em outros setores. A Fluxus, empresa do grupo J&F, que controla a JBS, explora o petróleo no país e a Âmbar Energia recebeu autorização para importar energia para o país.
Quem é Joesley Batista?
Joesley Batista começou sua trajetória seguindo os passos do pai, que fundou um açougue em Anápolis (GO) na década de 1950.
Com o tempo, a pequena Friboi se transformaria na gigante global JBS, uma das maiores empresas de proteína animal do mundo.
Joesley e seu irmão Wesley, foram protagonistas na internacionalização da marca, que controla nomes como Swift, Seara e Pilgrim’s Pride.
À frente da holding J&F, que também comanda empresas nos setores financeiro, energético, celulose e tecnologia, Joesley consolidou sua fortuna estimada em mais de R$22 bilhões, segundo a revista Forbes.
A trajetória de Joesley Batista também foi marcada por escândalos que abalaram o cenário político no Brasil.
Joesley é acusado de participar em esquemas de corrupção
O telefonema para Temer e a operação Lava Jato
O episódio mais notório ocorreu em 2017, quando Joesley gravou clandestinamente uma conversa com o então presidente Michel Temer.
No áudio, Temer pedia o pagamento de uma mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha para evitar uma delação.
O conteúdo desencadeou uma grave crise institucional e colocou Joesley no centro da Operação Lava Jato.
Na delação, ele também acusou Lula, Dilma Rousseff e Aécio Neves de envolvimento em esquemas de corrupção, embora as denúncias tenham sido anuladas por falta de provas.
A colaboração com a Justiça lhe rendeu um acordo de delação premiada e imunidade judicial, mas novas revelações comprometeram esse benefício.
Empresário chegou a ser preso duas vezes
Ele foi preso preventivamente em 2017 por transações irregulares de ações e por manipular o mercado. Ele foi solto no mesmo ano.
Joesley foi detido novamente em 2018, na Operação Capitu, acusado de corrupção no Ministério da Agricultura, também deixando a prisão no mesmo ano.
Desde o retorno de Lula ao poder em 2023, Joesley tem sido visto em reuniões com o presidente e tem participado de comitivas internacionais.
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