A atriz Paolla Oliveira, 42 anos, comentou sobre o aborto durante uma entrevista para o programa Roda Viva, da TV Cultura.
Ela defendeu a legalização e argumentou que as discussões sobre temas relacionados às mulheres normalmente buscariam restringir suas decisões.
“Todas as vezes que a gente fala sobre as questões femininas… Parte tudo do mesmo lugar: a gente ter o corpo que a gente quer, se sentir bonita da maneira que a gente é. E escolher ter filhos, escolher fazer um aborto. Acho que isso é uma escolha da mulher e eu sou a favor”, declarou a atriz.
A declaração foi criticada de modo severo. A vereadora Janaína Paschoal comentou sobre a fala da atriz e destacou que aborto não se trata apenas de uma decisão da mulher:
“Não, Paola Oliveira, o aborto não é uma escolha da mulher. Se sua mãe tivesse pensado assim, há alguns anos, não teríamos a atriz linda e competente que você é! Nenhuma mulher tem direito de impedir que outra mulher nasça!”
A ativista pró-vida ,Maria José Luz, mais conhecida como Zezé Luz, constestou a fala de Paola.
“O aborto não é uma escolha individual da mulher, é uma questão que ultrapassa o corpo feminino, porque dentro dele já existe outra pessoa. É uma questão de preservação da vida humana e da nossa espécie,” afirmou em entrevista exclusiva à Brasil Paralelo.
Ela também comentou que “existe uma vasta lista de danos e consequências pós aborto”, chegando a chamar a mãe de “segunda vítima” da prática.
Segundoi a ativista, entre os problemas enfrentados pelas mulheres que praticam aborto destacam-se abusos de substâncias, mudanças de humor, depressão e até mesmo tentativas de suicídio.
Zezé faz parte de um grupo chamado Projeto Esperança Brasil, que acolhe as mulheres que passaram por esse tipo de experiência.
A atriz contou que não sente mais constrangimento em afirmar que considera uma vida sem filhos:
“Acho a maternidade uma coisa tão linda, grandiosa e especial, que tem que ser uma decisão de ter, de não ter, de escolher ter dúvidas, de ter depois, como eu, que congelei óvulos”, relatou.
Ela seguiu comentando que o número de mulheres que escolhem não ter filhos aumentaram e chegaram a uma grande parte da sociedade:
“Acho muito injusto e vi que os números são grandes, quase 40% optam por isso. É uma escolha genuína e quero que outras mulheres tenham a escolha que eu tenho”.
Uma pesquisa global realizada pela farmacêutica Bayer afirma que aproximadamente 37% das mulheres brasileiras não querem ter filhos.
Segundo o IBGE, o número de casais que não queriam ter filhos também aumentou no Brasil.
No ano 2000 aproximadamente 13% dos casais no país não queriam ter filhos, em 2020 o número subiu para cerca de 19%.
Segundo um estudo da consultoria MarketWatch, 48% das pessoas que escolhem não ter filhos usam o dinheiro que gastariam com filhos em viagens.
Pouco mais de um terço afirmam que escolheram não ter filhos por medo de um aumento de gastos e quase 70% têm certeza de que não vão se arrepender da decisão no futuro.
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