A polêmica: aconteceu ou não?
A história da “continência” veio de rumores nas redes sociais. Postagens no X, como de @PATRl0TA (3/9/2024), afirmaram:
“Exército vai prestar continência ao MST, uma humilhação!”.
Muitos internautas ficaram revoltados discutindo nas redes sociais, incluindo parlamentares considerados de direita. O post do senador Cleitinho criticando o ato teve mais de 70.000 curtidas.
Convite e recuo: O governo Lula convidou o MST para o desfile, mas desistiu após críticas. Estadão (3/9/2024) e Terra (3/9/2024) confirmam o cancelamento.
"O MST terá dois membros que farão uma participação simbólica durante o desfile do 7 de setembro, em Brasília; representando junto a outras organizações convidadas, entidades que obtiveram um reconhecimento público às ações solidárias empenhadas na reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, após a tragédia que assolou o Estado gaúcho", disse a assessoria do MST ao Estadão.
Porém, o Planalto afirmou que havia "cogitado" a ideia de convidar o MST e outras entidades da sociedade civil. O governo, porém, desistiu da ideia por questões de "logística".
"Inicialmente, foi cogitado convidar entidades da sociedade civil do RS envolvidas em ações solidárias do estado, mas, devido à dificuldade de logística, isso não se concretizou", disse a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) ao Estadão.
Por que esses planos geraram tanta discussão?
O MST é polêmico. Para alguns, é herói por lutar por reforma agrária e pelos camponeses oprimidos, mesmo realizando invasões. Esse grupo veria a ação com bons olhos.
Para outros, o movimento é terrorista, ressaltando as invasões à propriedade privada, uso de crianças como escudo humano e doutrinação marxista.
A ideia de soldados prestando continência ao movimento chocou setores conservadores, enquanto apoiadores do governo viam a inclusão como um reconhecimento justo.
Entendendo as controvérsias do MST