A Basílica de São Pedro recebeu neste domingo (7) a canonização de Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati. A celebração foi conduzida pelo papa Leão XIV, em sua primeira canonização desde o início do pontificado.
Milhares de fiéis, muitos jovens, participaram levando imagens do novo santo. Estiveram presentes autoridades como o presidente da Itália, Sergio Mattarella, além dos pais e irmãos de Carlo.
A mãe, Antonia Salzano, levou ao altar um relicário com fragmento do coração do filho.
A cerimônia havia sido marcada inicialmente para abril, durante o Jubileu dos Adolescentes, mas foi adiada em razão da morte do papa Francisco. Antes de falecer, Francisco já havia exaltado Carlo como exemplo para a juventude.
Na homilia, Leão XIV destacou a vida de ambos. Sobre Pier Giorgio, lembrou sua atuação em grupos da Igreja e o cuidado com os pobres. Sobre Carlo, ressaltou a fé cultivada na família, na escola e na paróquia, além do uso da tecnologia para evangelizar.
“Carlo cresceu integrando naturalmente em seus dias a oração, o desporto, o estudo e a caridade”, disse o papa.
Ele também citou frases dos novos santos: Carlo afirmava que “diante da Eucaristia, torna-se santo”, enquanto Frassati dizia: “Em torno dos pobres e dos doentes, vejo uma luz que nós não temos”.
Por fim, Leão XIV apresentou os dois como exemplo à juventude: “São um convite a não desperdiçar a vida, mas a orientá-la para cima e a fazer dela uma obra-prima.”
Pier Giorgio nasceu em 1901, em Turim, em uma família de destaque. Desde jovem uniu fé, oração e serviço aos pobres.
Atuou em movimentos da Igreja, estudou Engenharia de Minas e se opôs ao fascismo, chegando a ser preso.
Apaixonado por alpinismo, organizava trilhas que uniam lazer e evangelização. Morreu em 1925, aos 24 anos, vítima de poliomielite. Foi beatificado em 1990 e canonizado em 2025.
Carlo nasceu em 1991, em Londres, e cresceu em Milão. Incentivado por sua babá, começou cedo na fé católica.
Aos sete anos recebeu a primeira comunhão e, mais tarde, usou a informática para reunir a pesquisa que deu origem ao site Miracoli Eucaristici, reunindo registros de milagres ligados à Eucaristia.
Morreu em 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia.
Um milagre em Campo Grande (MS), em 2010, levou à sua beatificação em 2020. O segundo, na Costa Rica em 2022, abriu o caminho para a canonização.
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