Durante uma declaração nesta sexta-feira (11), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou que não pretende conversar com Luiz Inácio Lula da Silva por enquanto, embora não tenha descartado essa possibilidade no futuro.
A declaração ocorre em meio à escalada das tensões entre os dois países, após a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
No mesmo contexto, Trump voltou a manifestar solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçando seu alinhamento político com o aliado conservador.
Pouco antes de embarcar para o Texas, Trump criticou o modo como Lula lida com o ex-presidente Bolsonaro:
"Ele está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta. Eu o conheço bem, já negociei com ele e ele é um negociador difícil", afirmou o republicano a jornalistas, antes de embarcar para uma visita ao Texas.”
E completou: “Eu não deveria gostar dele porque ele era muito duro nas negociações, mas ele também é muito honesto. E eu sei reconhecer quem é honesto e quem é corrupto”.
Trump acirrou o tom nos últimos dias. Na segunda-feira (7), classificou o julgamento de Bolsonaro como uma “caça às bruxas”, reiterando sua inocência:
“A única coisa da qual ele é culpado é de lutar pelo povo”.
O americano tem comparado constantemente o processo contra Bolsonaro à sua própria trajetória. Enfatiza também ter sido alvo de perseguições por parte do establishment político.
Em O Teatro das Tesouras, a Brasil Paralelo revela os bastidores do jogo político brasileiro — muito além de Lula e Bolsonaro. Assista agora e entenda além do noticiário.
Durante a semana, Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva trocaram cartas em meio ao debate sobre tarifas comerciais. Ontem, Trump escreveu:
“Conheci e respeitei o ex-presidente Jair Bolsonaro. O tratamento que ele está recebendo é uma vergonha global. Esse julgamento deve acabar imediatamente.”
A declaração, com forte tom diplomático, criticou diretamente a condução política e judicial do governo brasileiro. Trump também classificou Bolsonaro como “líder forte” e “respeitado internacionalmente”, sugerindo que o avanço do processo judicial estaria ligado ao crescimento do ex-presidente nas pesquisas.
Lula respondeu às tarifas com tom firme:
“Se ele [Trump] cobra 50% da gente, vamos cobrar 50% deles.”
A declaração indica que o Brasil prepara sanções comerciais em resposta, sinalizando possível tensão nas relações bilaterais.
Na ocasião, também criticou Trump, mencionando a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021:
“Se Trump tivesse feito no Brasil o que fez no Capitólio, estaria enfrentando um processo judicial como o de Bolsonaro.”
Apesar do embate, amenizou os riscos diplomáticos:
“Somos uma nação que evita conflitos internacionais.”
Ele ressaltou que a história entre Brasil e EUA é marcada por convivência pacífica.
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