O escândalo do INSS atravessou um dos momentos mais tensos desde sua criação. A base do governo Lula barrou a convocação do filho do presidente, Lulinha, apontado por seus adversários como possível beneficiário indireto do esquema que desviou bilhões de reais de aposentados e pensionistas.
A votação, 19 a 12, expôs a divisão política dentro da comissão, enquanto novas descobertas mostram o tamanho da fraude dentro do INSS.
O caso veio à tona em abril de 2025, quando Polícia Federal e Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram descontos ilegais feitos diretamente na folha de milhões de aposentados.
Entre 2019 e 2024, mais de R$6 bilhões foram desviados por sindicatos, associações trabalhistas e empresas de fachada que cobravam mensalidades sem autorização dos beneficiários.
Para muitos, a fraude só se tornou clara ao tentar cancelar os serviços ou ao consultar o extrato do INSS.
A CGU relatou assinaturas falsificadas, documentos faltantes e entidades que não tinham estrutura mínima para oferecer os serviços prometidos, como planos de saúde e convênios.
Muitos desses grupos também não possuíam Acordos de Cooperação Técnica, exigidos para permitir descontos de forma regular.
Um decreto de 2020, que congelava cobranças até autorização expressa, foi desrespeitado por grande parte das associações envolvidas.
O prejuízo afetou mais de 5,4 milhões de aposentados e pensionistas, de acordo com o governo federal. A CGU identificou um aumento incomum de reclamações e de valores descontados, o que deu início às investigações em 2023.
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