Especial de Natal 2025
LIBERE O BÔNUS ESPECIAL
00
D
00
H
00
M
00
S
December 15, 2025
GARANTIR OFERTA
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Segurança pública
3
min de leitura

O PCC chegou à bolsa: como o crime organizado bancarizou a sua própria economia paralela

Das vielas ao coração financeiro do Brasil, a facção criminosa encontrou no sistema bancário digital a porta de entrada para legitimar bilhões. O que antes passava por paraísos fiscais agora cabe em um aplicativo de celular.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/8/2025 18:18
Alex Silva/ Estadão

A terceira fase do crime

O PCC começou controlando a periferia: tráfico de drogas, assaltos, pequenos esquemas. Evoluiu, depois, para a política, usando contratos públicos e licitações fraudulentas. Agora, segundo a Receita Federal, estamos na terceira fase: a captura silenciosa do sistema financeiro nacional.

Não se trata mais de malas de dinheiro escondidas ou empresas fantasmas fáceis de identificar. O crime hoje veste terno, circula na Avenida Faria Lima e compra fatias inteiras de cadeias produtivas.

No Brasil de 2025, o crime já não se esconde nas sombras, mas também circula de terno e gravata. É fundamental entender como o país chegou nesta situação. No documentário Entre Lobos, a Brasil Paralelo revela em detalhes como organizações criminosas capturaram a política, a economia e agora avançam sobre o sistema financeiro. Assista e veja o que a grande imprensa não mostra.

A lógica do dinheiro invisível

Antigamente, lavar dinheiro significava mandá-lo para ilhas no Caribe ou para cofres secretos em Genebra. Hoje, pode incluir abrir uma conta em fintechs.

A superintendente da Receita Federal, Marcia Meng destaca que não é qualquer fintech que abre precedente para esse tipo de ocorrência:

“É bom a gente fazer uma diferenciação. Há fintechs que atuam regularmente no mercado e há essas fintechs que a gente está se referindo. Essas fintechs se transformaram em verdadeiros operadores do crime organizado dentro do sistema financeiro. São elas que permitem a introdução do dinheiro ilícito no sistema. Eles bancarizaram a atividade financeira dessas entidades criminosas.”

A superintendente da Receita Federal, Marcia Meng apontou que hoje elas estão dentro da economia formal.

“Compram empresas que são operacionais, usam fintechs para bancarizar o dinheiro ilícito e usam fundos de investimento para adquirir patrimônio e blindar o real beneficiário deste patrimônio.” 

O processo funciona assim: 

  • O dinheiro ilícito entra por meio de aplicativos de pagamento;

  • É transferido para fundos de investimento, que funcionam como engrenagens de legalização;

  • Volta ao mercado “lavado”, pronto para comprar casas de luxo, empresas e até setores inteiros da economia.

Ou seja, o crime não vive mais na margem do sistema: ele se infiltrou nele. 

O efeito dominó na economia real

Quando uma facção passa a comprar empresas em série, o jogo de mercado se distorce. Produtos adulterados invadem prateleiras, concorrentes honestos não conseguem competir e até setores estratégicos, como energia e transporte, passam a depender do capital do crime.

O risco é estrutural: o crime deixa de ser um inimigo externo e passa a ser um acionista oculto da economia brasileira.

De acordo com a Receita Federal, facções como o PCC passaram ter atuação em várias etapas da cadeia produtiva: desde a importação de produtos até a venda para o consumidor. 

Usando fundos de investimento, essas organizações compram empresas em vários setores e dificultam a concorrência de quem trabalha de forma legal. 

Esse domínio chega também a áreas estratégicas, como a energia: enquanto o Brasil tenta investir em uma matriz mais limpa, o crime empurra soluções mais baratas e poluentes, colocando seus interesses acima do futuro econômico e ambiental do país.

O dilema brasileiro

O país está diante de um impasse. Se, por um lado, fintechs representam inovação, inclusão e acesso para milhões de brasileiros, por outro, várias são usadas como o banco preferencial de organizações que incidem em atividades ilegais. 

O desafio é equilibrar inovação e segurança, sem matar o ecossistema tecnológico, mas também sem permitir que a economia nacional seja sequestrada por organizações criminosas.

O que se percebe é a influência crescente de uma economia paralela dentro da economia formal. A facção que começou nas celas de presídios agora transita nos corredores de fundos de investimento e escritórios envidraçados.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais