Na manhã desta quinta-feira (19), o Irã lançou uma barragem de cerca de 30 mísseis balísticos contra Israel.
Um deles atingiu em cheio o Hospital Soroka, maior centro médico do sul do país.
O impacto causou danos extensos e forçou a suspensão dos atendimentos — mas o pior foi evitado: o prédio atingido, da ala cirúrgica, havia sido evacuado dias antes.
O ataque deixou um rastro de destruição também em Holon e Ramat Gan, cidades da região central.
Ao menos seis pessoas ficaram gravemente feridas, segundo o serviço de emergência Magen David Adom. No total, 271 israelenses foram atendidos, incluindo 40 em Tel Aviv. A maioria se feriu durante a fuga para abrigos ou por estilhaços. Cerca de 20 tiveram crises de pânico.
Segundo o diretor do hospital, professor Shlomi Kodesh, o míssil provocou danos em vários prédios do complexo. Funcionários e pacientes estavam em abrigos subterrâneos no momento da explosão.
“A maioria dos feridos foi atingida por estilhaços. Suspendemos os atendimentos temporariamente, mantendo apenas os casos de risco de vida”, disse. Para o chefe do serviço de ambulâncias, Eli Bin, foi por pouco: “Um andar inteiro havia sido evacuado no dia anterior. Muitas vidas foram salvas.”
A Guarda Revolucionária do Irã alegou que o alvo era um centro de inteligência israelense localizado perto do hospital.
No entanto, Israel desmentiu: segundo as Forças de Defesa (IDF), não há nenhuma instalação militar na área imediata — a base mais próxima fica a mais de dois quilômetros de distância.
“Atacar um hospital é um crime de guerra. Não colocamos civis em risco. Essa justificativa é uma mentira”, afirmou o Exército israelense em nota divulgada em persa, endereçada ao povo iraniano.
A reação de Israel foi imediata. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu visitou o hospital poucas horas após o ataque e prometeu retaliação:
“Teerã pagará o preço total”. Já o ministro da Defesa, Israel Katz, foi direto ao ponto:
“O aiatolá Khamenei não pode mais existir. Cruzaram a linha.”
Em Tel Aviv, sirenes antiaéreas soaram ainda de madrugada, e cenas de pânico se repetiram. Moradores correram para abrigos. Vários se feriram na confusão. Hospitais de todo o país ativaram planos de emergência, transformando estacionamentos em enfermarias e transferindo pacientes vulneráveis para áreas subterrâneas. A medida adotada nos últimos dias evitou um número maior de vítimas.
O Soroka Medical Center tem mais de 1.000 leitos e atende cerca de 1 milhão de pessoas no sul de Israel. Fundado em 1959, é o único hospital de alta complexidade da região, com UTIs neonatais, cirurgias cardíacas e oncologia. Após o ataque, os atendimentos eletivos foram suspensos e parte dos serviços foi redirecionada para outras unidades.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a fumaça subindo dos prédios atingidos. O momento exato do impacto também foi registrado e amplamente compartilhado.
O ataque ocorre uma semana depois de Israel bombardear instalações nucleares e militares do Irã, alegando ameaça existencial. Agora, a resposta iraniana atinge alvos civis — o que eleva o nível do confronto a um novo patamar.
A ONU convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para esta sexta-feira. Enquanto isso, as ruas de Beersheba, Tel Aviv e Jerusalém seguem em alerta máximo.
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