Por que Jeanine Áñez foi presa?
Áñez assumiu o poder em novembro de 2019, dois dias após a renúncia de Evo Morales, que havia sido acusado de fraude eleitoral e fugido do país.
No momento, Áñez era a segunda vice-presidente do Senado e se colocou na linha sucessória após a saída de todos os ocupantes dos cargos anteriores.
A oposição anti-Morales considerou sua posse legítima diante do vácuo de poder, mas o Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales, classificou o episódio como um “golpe de Estado”.
Em 2021, uma ex-deputada do MAS apresentou denúncia contra Áñez, e ela foi presa preventivamente.
Em 2022, recebeu uma condenação de 10 anos de prisão por “assumir ilegalmente” a presidência. O caso ficou conhecido como “Golpe de Estado II”.
Durante o processo, organizações internacionais denunciaram a parcialidade da Justiça e as condições precárias de sua detenção.
Áñez chegou a relatar abusos e problemas de saúde enquanto permanecia encarcerada.
Reações à libertação
O senador e ex-ministro boliviano Branko Marinkovic comemorou:
“Recebemos com esperança a liberdade da ex-presidente Áñez. Sua libertação simboliza o fim de uma etapa de abuso”.
Personalidades internacionais também se manifestaram. A líder venezuelana Corina Machado celebrou a decisão e escreveu:
“A anulação da injusta sentença que te tirou a liberdade por cinco longos anos é um ato de justiça. Teu exemplo de resistência é reconhecido em toda a região”.
Reportagens afirmam que Añez deverá permanecer em La Paz para participar da posse do presidente eleito Rodrigo Paz.
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