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Cultural
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Corpus Christi: origem, história e significado da festa católica com mais de 750 anos

Com origem no século XIII, Corpus Christi surgiu após visões, um milagre e um decreto papal. Hoje, reúne fiéis em procissões e tapetes.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
17/6/2025 19:17
CNBB

Em uma noite de quinta-feira em Jerusalém, há dois mil anos, Jesus de Nazaré realizou um gesto que mudaria a história.

Tomando o pão e o cálice de vinho, orou e declarou — como relatam Lucas e Paulo — palavras que ecoam até hoje.“Isto é o meu corpo”.  (LC 22, 19)

Segundo a doutrina católica, foi assim que Jesus Cristo instituiu o que se tornaria o centro da fé católica: a Eucaristia.

No entanto, foi só mil anos depois que a Igreja entendeu que aquele gesto merecia uma festa solene pública, visível e celebrada por todo o povo cristão: o Corpus Christi.

O que é Corpus Christi?

Corpus Christi é uma festa da Igreja Católica que celebra a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.

  • Para os católicos, o pão e o vinho consagrados na Missa tornam-se o corpo e o sangue de Cristo. Uma doutrina conhecida como Eucaristia.

A festa de Corpus Christi acontece todos os anos na quinta-feira, 60 dias após a festa da Páscoa. Em 2025 acontecerá no dia 19 de junho.

Trata-se de uma das festas mais importantes para os e é a única em que a Eucaristia é levada em procissão pelas ruas, acompanhada por cânticos, incenso e tapetes ornamentais.

De acordo com o professor Rafael Tonon:

“A procissão de Corpus Christi não é apenas um costume piedoso. Ela é, nas palavras da tradição da Igreja, um ato público de fé, de adoração e de reparação. É a Igreja militante, aqui na terra, marchando junto de seu Rei, o Cristo Eucarístico, realmente presente no meio de seu povo, que triunfa pelas ruas das cidades”.
  • A Brasil Paralelo produziu um especial sobre o Corpus Christi, abordando sua origem, significado e tradições. Clique aqui e assista agora.

A origem da festa de Corpus Christi

Desde os primeiros séculos, os cristãos se reuniam nas casas, nas catacumbas, sob perseguições, para celebrar a missa.

Com o passar do tempo, surgiram dúvidas sobre a presença real de Cristo no pão consagrado. No século XI, o teólogo Berengário de Tours passou a afirmar que a Eucaristia era apenas um símbolo. A confusão se espalhava.

A Igreja atribui a Juliana de Cornillon a inspiração para reacender a fé entre os católicos.

Durante uma visão, Juliana via a lua cheia, símbolo da vida da Igreja, com uma mancha escura, representando a ausência de uma festa que exaltasse a Eucaristia.

Na produção Corpus Christi: História, Significado e Tradições, o historiador Rafael Tonon afirma que:

“Durante 20 anos, ela guardou esse segredo, enquanto a fé da Igreja era sustentada por místicos ocultos nos conventos e a voz de Santa Juliana ganhava força nas dioceses da Bélgica”.

O milagre que confirmou a fé de um padre que duvidava

Enquanto isso, o padre Pedro de Praga, mesmo piedoso e devoto, carregava uma dúvida acerca da Eucaristia: estaria Jesus realmente presente na hóstia?

Durante uma peregrinação à Itália, em 1263, enquanto celebrava a Missa em Bolsena, algo inesperado aconteceu: a hóstia começou a sangrar.

É considerado pela tradição católica como uma confirmação da doutrina da presença real.

O sangue escorreu sobre o altar. O milagre eucarístico é considerado pela tradição católica como confirmação da doutrina da presença real.

A notícia chegou ao papa Urbano IV, que se encontrava em Orvieto. Vendo os panos do altar manchado de sangue, o pontífice compreendeu que era a hora de instituir a festa que Santa Juliana havia anunciado.

A  festa e os hinos de Tomás de Aquino

No dia 11 de agosto de 1264, o papa Urbano IV publicou a carta Transiturus de hoc mundo, instituindo oficialmente a festa de Corpus Christi para toda a Igreja.

Urbano IV confiou a missão ao filósofo e teólogo Tomás de Aquino. O monge que ficou conhecido como o Doutor Angélico compôs hinos que se tornaram símbolos da teologia eucarística.

“Os sentidos falham, mas a fé os complementa”, escreveu Tomás em um de seus hinos.

A procissão: fé levada às ruas

Segundo Tonon “mais do que uma celebração interna, Corpus Christi é a fé proclamada publicamente”

O papa Leão XIII escreveu:

“Nada há mais salutar e eficaz para a piedade do que a Eucaristia, que contém em si o próprio autor da graça.”

O catecismo de São Pio X ensina que as “procissões são manifestações públicas da fé, atos que glorificam a Deus e edificam o próximo”.

Corpus Christi no Brasil

De acordo com Tonon, desde o período colonial, o Brasil nutre uma relação especial com a Eucaristia.

Um exemplo disso é que as cidades eram planejadas em torno das igrejas matrizes, e a festa de Corpus Christi mobilizava comunidades inteiras na confecção de tapetes ornamentais.

De Jerusalém a Portugal, de Portugal ao Brasil

Os tapetes de serragem, sal colorido, flores, pó de café e outros materiais começaram a ser feitos em Portugal, e foram trazidos ao Brasil pelos colonizadores.

Representam um gesto de honra ao Cristo Eucarístico, presente na hóstia consagrada que é levada solenemente em procissão.

Assim como se abre caminho para os reis, para os católicos os tapetes são uma forma de preparar o caminho para o Rei dos Reis.

Tapete de Corpus Christi
Tapete de Corpus Christi em Castelo (ES). Foto: A Gazeta.

Para os católicos o Corpus Christi reafirma que Cristo está realmente presente na Eucaristia, como afirmou Concílio de Trento:

“Presença verdadeira, real e substancial do Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.”

Para o historiador, mesmo hoje, em um mundo que banaliza o sagrado, a Igreja se levanta em fé para reparar, adorar e proclamar a fé publicamente. Como em Emaús, Cristo ainda caminha ao do povo, esperando que nossos olhos se abram, a partir do pão.

Especial Corpus Christi

No Especial Corpus Christi, o professor Raphael Tonon explica o significado e a história por trás dessa solenidade católica. Além disso, o historiador percorre as origens e a evolução da celebração ao longo dos séculos.

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