Um relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) aponta para uma queda brusca na taxa de fertilidade de países no mundo inteiro.
Segundo o UNFPA, a taxa global de nascimentos caiu de 5 filhos por mulher em 1950 para apenas 2,3 atualmente.
Entre os principais motivos estão questões como falta de dinheiro, insegurança no trabalho e medo do futuro.
Alguns países estão criando políticas para tentar reverter a queda no número de nascimentos.
Na Rússia, o governo federal estabeleceu em março um programa que paga cerca de R$7 mil para jovens adolescentes grávidas em dez regiões do país.
A medida amplia o programa lançado em 2023, voltado a mulheres adultas em idades mais avançadas.
O Serviço Federal de Estatísticas da Rússia (Rosstat) aponta que a taxa de fertilidade do país foi de apenas 1,41 filhos por mulher em 2023, abaixo dos 2,1 necessários para repor a população.
O governo também restringido o acesso ao aborto em clínicas particulares, retirando a licença para que elas operem em alguns casos.
As diretrizes do Ministério da Saúde também instruem os médicos a desincentivar a prática
Além disso, o parlamento criou uma lei que multa em cerca de R$22,8 mil pessoas que fizerem propaganda de uma vida sem filhos e R$285,2 mil para empresas.
Na Polônia, o programa nacional "Família 500+", criado em 2016, concede pagamentos mensais de aproximadamente de R$750 por criança para famílias com dois ou mais filhos.
O objetivo da medida é aumentar a taxa de fertilidade, que permaneceu abaixo de 1,5 filhos por mulher nos últimos anos.
No primeiro ano após a medida ser implementada, a Polônia viu uma explosão demográfica, com a taxa de crescimento populacional chegando a 10%.
O programa fez com que a taxa de fertilidade das famílias aumentasse de maneira diferente em setores específicos da sociedade.
Entre mulheres de 31 a 40 anos a taxa de natalidade subiu de 0,7 para 1,8. Já para mulheres com idades de 21 a 30 anos o aumento não foi tão expressivo, de 2,2 para 2,3.
Apesar das mudanças, famílias de renda mais elevada mantiveram uma taxa de natalidade média de 1 criança por mãe.
Na Hungria, o governo do primeiro-ministro Viktor Orbán estabeleceu um pacote de incentivos amplos como parte da "Política Familiar Nacional".
As medidas incluem isenção vitalícia de imposto de renda para mães com mais de três filhos.
Além disso, casais têm acesso a hipotecas subsidiadas, empréstimos a fundo perdido de até R$150 mil e deduções de impostos progressivas de acordo com o número de filhos.
O país também investe em infraestrutura urbana, como parques, creches e playgrounds, buscando criar um ambiente amigável às famílias.
As medidas causaram um aumento na natalidade, fazendo com que a Hungria chegasse à terceira maior taxa de natalidade da União Europeia.
Apesar disso, a taxa de natalidade do país ainda é de 1,55, segundo as estatísticas oficiais do bloco.
O Donald Trump, já disse que analisa a proposta de dar o equivalente a R$28 mil por filho nascido.
A política busca conter a queda na taxa de natalidade no país, que hoje apresenta uma taxa média de 1,6.
No entanto, a proposta dificilmente seria aprovada pelo Congresso, já que custaria cerca de R$83,25 bilhões por ano aos cofres públicos americanos.
Além disso, há dúvidas sobre a capacidade do incentivo conseguir aumentar a taxa de natalidade, uma vez que o custo para manter uma criança até os 18 anos no país é estimado em R$1.6 milhão.
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