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Cultural
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Clarice Lispector participou de um congresso de bruxaria, frequentava cartomantes e jogava búzios. Descubra o lado pouco conhecido da autora

A escritora chegou a ler um conto no Primeiro Congresso Internacional de Bruxas, em Bogotá.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/4/2025 18:03
homo Literatus

Clarice Lispector, uma das maiores escritoras brasileiras, tinha um lado pouco explorado: sua conexão com o esoterismo.

Mariana Valente, neta da autora, chama as coincidências que a família viveu desde a morte da avó, em 1977, de “bruxaria Clariciana”:

Ela era uma mulher judia, mas extremamente curiosa. Frequentava cartomantes, jogava búzios e chegou a falar no Congresso Mundial de Bruxaria. Ela era meio esotérica”.

A neta contou para a revista Marie Claire algumas histórias que considera estranhas envolvendo a avó:

Antes de falecer, ela escreveu um texto só para a família, dizendo que, quando morresse, ela voltaria como uma esperança verde, como o bicho mesmo. E, ao longo da nossa vida familiar, aconteceram aparições inexplicáveis de esperanças”.

Uma dessas aparições teria acontecido em um hospital, onde seu pai estava passando por tratamentos: 

Por exemplo, meu pai estava no hospital, prestes a operar, e na porta do quarto dele apareceu uma esperança verde enorme. Isso não é normal, não tinha insetos soltos nos hospitais. Então, tem umas coisas que são inexplicáveis.”

Pesquisadora já lançou livro sobre o lado supersticioso de Clarice Lispector

A vida espiritual da autora chegou a inspirar livros e trabalhos acadêmicos ao redor do mundo.

A pesquisadora canadense Claire Varin foi a primeira da academia a investigar esse lado de Clarice em seu livro Línguas de fogo, lançado em 1980.

Para escrever a obra, a canadense não apenas analisou os escritos da autora, como também entrevistou familiares e amigos sobre questões como o judaísmo e a superstição na vida da escritora.

Varin descobriu idas a cartomantes, consultas ao livro de filosofia chinesa I Ching, e até uma obsessão cabalística por números: 

Dá sete espaços para teu parágrafo, sete. Depois, tenta não passar da página 13”, a autora costumava pedir para as datilógrafas.

Clarisse foi ao Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, em 1975

Um dos pontos levantados pela pesquisadora e mencionados por Mariana Valente foi a participação de Clarice em um evento sobre ocultismo.

Em janeiro de 1975, Clarice Lispector recebeu uma carta de Simón González, empresário e místico colombiano, convidando-a para o Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria

Reunir pessoas de todas as esferas da vida profundamente interessadas no estudo dos poderes interiores do homem e das forças ocultas do universo para além do alcance dos cinco sentidos” descrevia a carta. 

Clarice aceitou o convite e viajou para participar do congresso na cidade de Bogotá, Colômbia.

O evento reuniu milhares de pessoas do mundo inteiro, de homeopatas a praticantes de vodu, muitos levaram vassouras enormes.

Além das discussões sobre o oculto, o evento abriu espaço para um mercado, onde era possível comprar poções, unguentos, talismãs, cartas mágicas e outros produtos espalhados em mais de 300 barracas.

Algumas figuras conhecidas participaram do evento, como foi o caso do ilusionista israelense Uri Geller, conhecido por entortar colheres “com o poder da mente”.

Um dos momentos mais marcantes do evento aconteceu quando Clarice leu o conto O Ovo e a Galinha.

No texto que Clarice leu antes de começar o conto, ela ressaltou: “na verdade acho que o contato com o sobrenatural deve ser feito em silêncio, em uma profunda meditação”.

A autora também comentou acreditar que a inspiração para a arte em todas as suas formas tem algo de mágico, apesar de não se tratar diretamente de algo “sobrenatural:

Não creio que a inspiração venha de fora para dentro, de forças sobrenaturais. Suponho que ela emerge do mais profundo ‘eu’ de uma pessoa, do mais profundo inconsciente individual, coletivo e cósmico”.

Durante muitos anos, os acadêmicos que estudavam as obras de Clarice e sua trajetória ignoravam esses fatos.

Atualmente, o lado místico da autora é reconhecido e explorado em diversos trabalhos e artigos.

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