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A Argentina se prepara para as eleições legislativas no dia 26 de outubro. A votação é estratégica para o governo, já que atualmente a oposição é maioria no Congresso.
As suspeitas se baseiam em uma série de áudios do ex-diretor da Agência Nacional para Pessoas com Deficiência, Diego Spagnuolo, vazados para o canal Carnaval Stream.
Quais as acusações contra a irmã de Milei?
Nas gravações, Spagnuolo afirma que contratos de fornecimento de medicamentos à rede pública estavam sendo superfaturados em até 8%.
Aproximadamente 3% do valor pago a mais pelos remédios estaria sendo enviado diretamente a Karina.
De acordo com os áudios, o esquema renderia mensalmente entre US$500 mil e US$800 mil dólares em propinas, o equivalente a R$2,7 milhões e R$4,3 milhões.
Spagnuolo chega a afirmar que havia informado Milei sobre o caso, mas o presidente não fez nada:
“Estão fraudando a minha agência… Estão roubando. Você pode fingir que não sabe, mas não joguem esse problema para mim, tenho todos os WhatsApp de Karina.”
O caso segue sob investigação. Milei nega as acusações e disse à imprensa que vai levar Spagnuolo para a Justiça e “provar que ele mentiu”.
Popularidade em queda
A popularidade de Milei parece estar sendo abalada pelas denúncias, que foram divulgadas pela primeira vez em 20 de agosto.
O ranking de popularidade mundial, feito em julho pela empresa americana de consultoria Morning Consult Pro, colocava Milei como um dos governantes mais populares do mundo.
Na época, ele estava com aproximadamente 57% de aprovação e era o terceiro mais bem avaliado da lista.
No entanto, uma pesquisa do Atlas-Intel/Bloomberg feita entre os dias 20 e 25 de agosto mostra que 51,1% dos argentinos desaprovam seu governo, enquanto 43,6% aprovam.
O atual índice de desaprovação é o mais alto desde o início do governo em novembro de 2023.
Além disso, uma pesquisa da consultoria Horus mostra que 86% dos comentários recentes em redes sociais acusam o governo de corrupção.
O levantamento busca analisar o sentimento de usuários em plataformas como Instagram e do Facebook.
Presidente e aliados têm sofrido agressões
O cenário político conturbado tem se somado a ataques sofridos pelo presidente e seus apoiadores.
No dia 27 de agosto, Milei foi alvo de pedras e outros objetos arremessados durante uma carreata em Lomas de Zamora, um reduto peronista. Ele precisou deixar o local às pressas.
Momento exato em que uma pedra foi arremessada contra o presidente. Imagem: Juan Mabromata / AFP.
No dia seguinte, a irmã de Milei e secretária-geral da Presidência, Karina Milei, também foi agredida em um evento de campanha em Corrientes.
A comitiva em que ela estava conseguiu percorrer apenas uma quadra, em meio a empurrões e agressões de manifestantes opositores.
Karina e sua equipe tiveram que ser retirados às pressas do local em uma caminhonete. Duas pessoas foram detidas.
Entenda mais sobre a política da Argentina e como o país caiu na crise que levou Milei ao poder com a trilogia A Queda da Argentina. Assista ao primeiro episódio abaixo:
A deputada do partido A Liberdade Avança, Pilar Ramírez, também denunciou ataques contra estudantes universitários do movimento libertário:
“Ontem foram pedras contra o presidente Javier Milei, hoje socos e golpes em militantes libertários na faculdade. Os kirchneristas foram, são e serão violentos. Todo o meu apoio aos jovens do Somos Libres que foram agredidos por esses delinquentes. Não vão nos frear.”
Ayer fueron piedras contra el Presidente @JMilei, hoy piñas y golpes a militantes libertarios en la facultad. Los kirchneristas fueron, son y serán violentos. Todo mi apoyo a los chicos de @SomosLibresUBA que fueron agredidos por estos delincuentes.
Em resposta, o presidente disse que os ataques apenas o incentivam a continuar seu movimento:
“Não vamos ser intimidados por essas ações covardes. De qualquer forma, eles nos encorajam, porque nos mostram que estão com medo, que estão desesperados e que não [avançam contra] Javier Milei, mas contra a liberdade de todos os argentinos."
Ele também disse estar acostumado com a violência por causa de seu passado com o futebol:
"Não vou me assustar. Comentei mais cedo com vocês que quando jogava pelo [clube de futebol] Chacarita, a quantidade de vezes em que fiquei debaixo de uma chuva de pedras... Estou acostumado à chuva de pedras"
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