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Política
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O Estatuto do Hamas - pilares polêmicos e violentos

O Estatuto do Hamas é um documento emitido pelo grupo em sua fundação, para organizar e compartilhar seus ideais.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
30/9/2024 19:22
Fonte da Imagem da Capa: site Interactive Encyclopedia of the Palestine Question.

O Estatuto do Hamas é um documento emitido pelo grupo em sua fundação para organizar e compartilhar seus ideais. O documento mostra os objetivos do Hamas para a Palestina e sua visão sobre Israel e aqueles que consideram infiéis.

Em seu preâmbulo, o grupo expressa sua oposição a Israel nos seguintes termos:

“Sois [palestinos] a melhor nação surgida na face da terra. Fazei o bem e proibis o mal, e credes em Alá. Se somente os povos do Livro (i.e., judeus [e cristãos]) tivessem crido, teria sido melhor para eles. Alguns deles crêem, mas a maioria deles é iníqua...

[...] Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele. (segundo palavras do mártir, Iman Hasan al-Banna, com a graça de Alá).” 

O Estatuto do Hamas contém 36 artigos, divididos em cinco capítulos. Além da oposição ao governo israelense, o documento também apresenta a opção pela Jihad ("luta"), e a autorização da violência contra os inimigos.

Conheça os principais pontos do Estatuto do Hamas em português para entender o pensamento e os objetivos do grupo terrorista. A universidade de Yale disponibilizou o Estatuto na íntegra.

  • Para entender o que pensa o Hamas e a situação da Guerra em Israel, a Brasil Paralelo enviou suas equipes ao Oriente Médio e a Palestina para realizar uma investigação inédita sobre o assunto. Toque no link a seguir para ser avisado da exibição online de From The River To The Sea, A Guerra em Israel.

O que você vai encontrar neste artigo?

A religiosidade no Estatuto do Hamas

No artigo 25, o Estatuto cita uma passagem do Alcorão que diz:

"Juntais contra eles todas as forças que podeis." (Alcorão 8:60)

Na primeira parte, o Estatuto do Hamas aborda as premissas ideológicas do movimento:

“Art. 1º O Movimento de Resistência Islâmica é o caminho. É do Islã que derivam suas ideias, conceitos e percepções a respeito do universo, da vida, e do homem, e todas as suas ações levam em conta o julgamento do Islã. É do Islã que busca orientação bem como guia de seus passos.”

A seção inicial trata sobre:

  • estrutura e formação do movimento;
  • bases históricas;
  • como o movimento de resistência islâmica é parte de uma corrente da Jihad contra a invasão sionista. 

Ao final da primeira parte, o Estatuto apresenta o lema do Hamas:

"Art. 8º Alá é a finalidade, o Profeta o modelo a ser seguido, o Alcorão a Constituição, a Jihad é o caminho e a morte por Alá é a sublime aspiração".

Objetivos do Hamas segundo seu Estatuto

A segunda parte aborda os fins, causas e objetivos do movimento de resistência islâmica. O Estatuto do Hamas reitera que, na visão do grupo, os tempos atuais representam um período em que o Islã está ausente da vida cotidiana. 

O objetivo final é a construção de um império islâmico.

O terceiro capítulo trata das estratégias e dos meios necessários para alcançar esses objetivos. A terceira parte começa com a seguinte afirmação:

“Art. 11 O Movimento de Resistência Islâmica sustenta que a Palestina é um território de Wakf (legado hereditário) para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição. 

Ninguém pode negligenciar essa terra, nem mesmo uma parte dela, nem abandoná-la, ou parte dela. 

Nenhum Estado Árabe, ou mesmo todos os Estados Árabes (juntos) têm o direito de fazê-lo; nenhum Rei ou Presidente tem esse direito, nem tampouco todos os Reis ou Presidentes juntos, nenhuma organização, ou todas as organizações juntas – sejam elas palestinas ou árabes – têm o direito de fazê-lo, porque a Palestina é território Wakf, dado para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreição”.

O capítulo ainda aborda como deve ser a pátria, sua organização e o trato internacional, inicialmente por meios pacíficos. Em seguida, discute a Jihad, ou "guerra santa", e o legado que deve ser transmitido às futuras gerações, incluindo o papel das mulheres muçulmanas.

Há também um trecho sobre a arte islâmica, que diz:

“Art. 19: a arte possui regras e padrões por meio das quais é possível determinar se é islâmica ou pagã. A libertação islâmica necessita da arte islâmica, que eleva o espírito sem destacar um aspecto da natureza humana frente a outro aspecto, mas, pelo contrário, eleva todos os aspectos em perfeito equilíbrio e harmonia".

O capítulo também fala sobre a solidariedade social e a importância de manter a região com uma cultura estritamente islâmica.

  • Para entender o que pensa o Hamas e a situação da Guerra em Israel, a Brasil Paralelo enviou suas equipes ao Oriente Médio e a Palestina para realizar uma investigação inédita sobre o assunto. Toque no link a seguir para ser avisado da exibição online de From The River To The Sea, A Guerra em Israel.

Visão sobre outros movimentos islâmicos

No quarto capítulo, intitulado “Nosso Posicionamento”, o Hamas apresenta sua visão sobre os demais movimentos islâmicos, inicialmente de forma geral e, em seguida, sobre os movimentos nacionalistas e políticos dentro da Palestina.

Há um artigo dentro do posicionamento do Hamas que trata sobre a OLP (Organização para a Libertação da Palestina):

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